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Privatização

Congresso “civilizado” entrega a energia elétrica do País

Na madrugada da quinta-feira, 20 de maio, os partidos da direita golpista aprovaram a Medida Provisória 1.031 que autoriza a privatização da Eletrobras no Congresso Nacional

Na madrugada desta quinta-feira, 20 de maio, o Congresso Nacional aprovou, por 313 votos a favor e 166 contra, o texto da Medida Provisória 1.031 que autoriza a privatização da empresa estatal de energia elétrica, a Eletrobras. O relatório do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) seguirá para apreciação no Senado Federal.

Os partidos da direita golpista votaram em bloco pela privatização da Eletrobras. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) tem 33 deputados, 25 votaram a favor, 4 contra e 4 se abstiveram. O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) tem 34 deputados,  24 votaram a favor, 6 contra e 4 se abstiveram. O Democratas (DEM) conta com 29 deputados,  24 votaram a favor e 4 contra.

Dos 40 deputados do Progressistas (PP), 31 votaram a favor, 4 contra e 4 não votaram. O Republicanos, com 33 deputados, 31 votaram a favor e 2 se abstiveram. O Partido Social-Liberal, ex-agremiação política do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro e 2ª maior bancada partidária no Congresso, de 53 deputados, 51 votaram a favor e 2 não votaram.

O Partido Liberal (PL) tem bancada de 41 deputados, 34 votaram a favor, seis contra e um deputado se absteve. O Partido Social Democrático (PSD),  de 35 parlamentares, 23 votaram a favor, 6 contra e 6 se abstiveram ou não votaram. O Solidariedade (SD) do sindicalista Paulinho da Força Sindical, de 14 deputados, 12 votaram a favor e 2 contra. O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), do total de 10 deputados, 9 votaram a favor e 1 contra. Por último, o Partido Social-Cristão (PSC),  de 11 deputados,  9 votaram a favor e 2 não votaram ou se abstiveram.

A votação dos partidos de direita menores foi: Podemos, de 10 deputados, 6 votaram a favor;  Partido Republicano da Ordem Social (PROS), de 11 deputados, 7 votaram a favor, 3 contra e 1 se absteve; Avante, de 8 deputados, 5 votaram a favor e 3 contra; Patriota, todos os 6 deputados votaram a favor; Cidadania, de 7 deputados, 6 votaram a favor e 1 votou contra.

Chama a atenção que parlamentares de partidos burgueses que procuram parecer de esquerda, casos do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Partido Socialista Brasileiro (PSB), votaram pela privatização da Eletrobras. Pelo primeiro, dos 25 deputados, 20 votaram contra, 4 a favor 1 se absteve. Por parte do último partido,  de 30 deputados, 21 votaram contra, 5 a favor e 4 se abstiveram. Isso mostra que PDT e PSB estão muito longe de ser partidos não apenas de esquerda como minimamente progressistas.

O Partido dos Trabalhadores (PT) fechou posição e seus 53 parlamentares votaram contra. O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) seguiu a mesma orientação e seus 10 parlamentares votaram contra, bem como o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que fechou posição contrária pelos seus sete parlamentares.

O fato de o PDT e o PSB terem tido deputados que votaram pela privatização da estatal demonstra que são partidos que se apresentam como “de esquerda”, mas que no fundamental seguem a política da burguesia. Os setores da esquerda que querem se aliar com estes partidos na chamada Frente Ampla cumprem um nefasto papel de confundir a população sobre o verdadeiro caráter desses partidos.

A privatização da Eletrobras é um ataque ao patrimônio público brasileiro, assim como a um setor fundamental para o desenvolvimento nacional, o de geração de energia elétrica. Cabe destacar que a estatal é responsável por um terço da energia elétrica gerada no País. Sua entrega ao capital privado nacional e internacional deveria ser considerado um crime de lesa-pátria.

Os mesmos partidos políticos da direita que aprovaram a Medida Provisória 1.031, durante a madrugada, colocaram o Brasil na atual situação. Eles articularam a conspiração golpista que terminou no golpe de Estado de 2016, que se materializou com o impeachment fraudulento da presidenta eleita Dilma Rousseff (PT). Na sequência, este bloco político golpista organizou a prisão do ex-presidente Lula, primeiro colocado nas pesquisas de 2018, e se unificaram no apoio a Jair Bolsonaro.

O Congresso Nacional, dominado pelos partidos da direita golpista e entreguista (MDB, PSDB, DEM, Progressistas, Republicanos, PL, Solidariedade, PTB, PSL), procura se apresentar como bastião da “civilização” e da “democracia contra o fascismo”. Contudo, nem mesmo Jair Bolsonaro foi capaz de implementar a política de privatização da Eletrobras.

O bloco político do “Centrão” domina o regime desde a época da ditadura militar. São partidos fisiológicos da burguesia e que atendem aos seus interesses. Atualmente, estes partidos fazem um esforço para se reciclar e apagar a pecha de golpistas e inimigos do povo. Eles procuram manobrar e se aliar aos partidos de esquerda, com o intuito de lograr êxito neste objetivo, de mudar de pele de cobra e preservar o mesmo conteúdo político.

A esquerda não pode se aliar com os partidos responsáveis pela destruição dos direitos, entrega do patrimônio público e das riquezas naturais brasileiras. Nada de aliança com os bandidos políticos da direita. Uma aliança dessa natureza serve apenas para que os partidos que representam os trabalhadores se tornem refém dos partidos da burguesia golpista.

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