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Economia e política em crise

Economistas já falam em “depressão econômica” no Brasil

Todos indicadores sociais apontam para o aprofundamento das crises econômica e da pandemia e o rebaixamento de 4,9 milhões da classe média. Se isso não é o caos o que será então?

O governo golpista, no discurso de Paulo Guedes, afirma que os problemas na economia são consequência da pandemia. Que o Brasil surpreendeu o mundo com uma queda menor do PIB de 2020. E afirmam que o teto de gastos atrai investimentos. Comparando com a realidade vemos que o governo fala de um país que não é o Brasil de fato.

Na opinião de Paulo Gala, economista e professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), a economia opera hoje com redução de 30% em relação a 2013/14, e que isso é característica de depressão na economia.

Dados como a queda forte no comércio em março, 5% conforme indicador da Serasa, que inclui dados da venda de 6 mil estabelecimentos como hipermercados, supermercados, lojas de alimentos e bebidas, peças e veículos, combustíveis e lubrificantes, vestuário e materiais de construção, que apresentam queda acentuada nas vendas. Isso evidencia um panorama de  aprofundamento da crise.

Além disso, o Banco Central reviu a expectativa de aumento da taxa de juros básica da economia (Selic). O mercado está pedindo aumento de 1% na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), e o Bacen está sinalizando aumentar 0,75%.

Outra ideia fora da realidade é a que afirma que o teto de gastos incentiva investimentos. A realidade prova o contrário disso. Os investimentos  em 2011 eram da ordem de 338 bilhões de reais e caíram para 272 bilhões em 2019 e para 153 bilhões em 2020, conforme cálculos da consultoria Economática. Enquanto que o teto de gastos foi aprovado em 2016, mostrando que não atraiu nem um centavo a mais de investimentos.

Outro dado relevante é a deterioração do mercado de trabalho. Apresentou queda recorde de oito meses pelo indicador Antecedente de Emprego da FGV. Em março foi constatado, pelo IBGE, queda de 5,8%. A taxa de desocupação entre novembro e janeiro foi de 14,2%, que corresponde a 14,3 milhões de desempregados. Taxa de subutilização da força de trabalho em 29% que corresponde a 32,4 milhões de pessoas. Isso equivale ao aumento de 22,7%, com mais 6 milhões nessa condição, comparado com igual período do ano anterior.

Enquanto o presidente diverge do ministro Paulo Guedes quanto a fazer isolamento social “fictício” e não fazer nada, liberando a circulação do povo para tentar realimentar a economia, mostrando a falta de unidade da burguesia quanto às políticas sociais e econômicas, a economia e a pandemia seguem ladeira abaixo em alta velocidade.

O mercado de trabalho segue seu curso de deterioração com aumento recorde do desemprego, e consequente fome e miséria para os trabalhadores. Os investimentos caem consideravelmente desde 2011 com e sem pandemia, com isolamento social e teto de gastos. O comércio segue em queda de vendas, aumentando o número de falências. 

Com o aumento da taxa básica de juros, a consequência é cair ainda mais o nível de investimento na produção e aumentar a especulação financeira.

O atual nível de desemprego e juros em alta, afetam negativamente a renda disponível para o consumo e desestimulam o investimento, com isso a queda de 30% da atividade econômica em relação a 2013 vai aumentar cada vez mais. Sem previsões de saídas tanto para a crise econômica quanto para a crise sanitária, não há luz no fim do túnel a não ser a mobilização popular. 

Tudo aponta para uma explosão social iminente. Em contrapartida, os capitalistas seguem aumentando sua renda como nunca antes visto. A renda está sendo transferida da classe operária para a burguesia empresarial. Nessas condições acontece o esperado pela política neoliberal, salvar a economia (as empresas monopolistas) garantindo renda para os 10% mais ricos enquanto os 90% restantes da sociedade seguem em pauperização cada vez maior.

Pesquisa recentemente aponta que 4,9 milhões de brasileiros foram rebaixados da classe média para a classe pobre. O que comprova o exposto acima.

Essa é a política do governo golpista, aplicar o neoliberalismo, que acabará liquidando a economia nacional, favorecendo o capital monopolista internacional. Isso acarreta o aumento da fome e miséria para os trabalhadores e para a classe média também, que começa a sentir na pele os efeitos dessa política que só deixará de ser aplicada com forte mobilização da sociedade, nas ruas, contra o governo, a fome e a pandemia. Estamos a caminho da barbárie se não nos mexermos e derrubar esse governo genocida e todos os golpistas.

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