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Assalto ao povo brasileiro

Chantagem da Petrobras: se não cobrar caro, vai faltar gasolina

A política econômica de Jair Bolsonaro de paridade com o dólar impôs a explosão dos preços dos combustíveis, com a gasolina chegando a R$ 8,399 em várias regiões do país 

De acordo com análise realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na semana de 13 a 19 de março, o litro da gasolina atingiu R$ 8,399 nas bombas. Já o diesel chegou perto de R$ 8 e já é comercializado a R$ 7,980. 

Neste período o valor da gasolina chegou na região Sudeste a R$ 8,399. No Nordeste, o preço máximo é de R$ 8,390. No Sul, R$ 8,290. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste, os valores chegaram a R$ 8,100 e R$ 7,999, respectivamente. 

 De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referente à primeira quinzena de março, após a alta de 25% no preço do litro do diesel, anunciada no último dia 10 de março, o preço médio do combustível se ampliou em mais de 15% quando comparado aos primeiros dias do mês. No início da quinzena, o diesel comum vinha sendo comercializado, em média, a R$ 6,043. Logo após o aumento, o combustível passou a ser distribuído nas bombas a R$ 6,977, acréscimo de 15,5%. Já o diesel S-10 passou de R$ 6,120 para R$ 7,89 chegando assim a uma alta de 15%. 

 Não é apenas a gasolina e o diesel que impõe um verdadeiro roubo aos bolsos dos trabalhadores brasileiros, também o gás encanado, outro combustível usado por diversos segmentos, está com seus valores altamente majorados. De acordo com variadas consultorias especializadas na área o preço do insumo pode acumular alta de 50% a 60% até agosto deste ano, caso o barril de petróleo se mantenha no patamar atual no mercado internacional. Os contratos de reajustes são trimestrais. E especialistas na área já alertam que em maio, poderá ocorrer outra alta em torno de 20%, assim como em agosto, pasmem. 

O aumento que atende aos interesses dos grandes capitalistas do petróleo em atuação no Brasil impacta a vida de toda a população e estrangula ainda mais a classe trabalhadora, assim como as grandes indústrias e no valor do combustível para abastecer veículos.    

Para tentar ludibriar a população os representantes do governo Jair Bolsonaro na Petrobras mentem dizendo que o novo aumento nos valores da gasolina, diesel e GLP, se faz necessário para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, usando como álibi o próprio conflito entre Rússia e Ucrânia, impulsionado pela OTAN. 

Sim, essa é a alegação dos grandes larápios capitalistas do petróleo, que reforçam que é necessário para que o mercado brasileiro continuasse sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores além da Petrobras, que este assalto ao bolso da classe trabalhadora ocorra. Ou seja, uma verdadeira chantagem contra o povo brasileiro.  

No entanto, toda essa manipulação sobre a população para justificar o aumento abusivo dos combustíveis não resiste a qualquer análise mais séria. Hoje em dia, em que pese a política de sucateamento da Petrobras, com vistas a sua privatização, tecnicamente, a presença do produto nacional poderia chegar a até 100%, atendendo às necessidades de derivados do país. Isso só não ocorre porque algumas refinarias utilizam o óleo importado, não por insuficiência da produção ou da oferta nacional, mas como opção para otimizar processo industrial específico. 

Esta observação faz parte de estudo da área econômica da Federação Única dos Petroleiros (FUP) sobre a autossuficiência do Brasil na produção de petróleo, seus impactos sobre o refino, e a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela gestão da Petrobrás, que não leva em conta os custos nacionais de produção do petróleo e derivados. O PPI, implantado em pleno golpe de Estado em outubro de 2016, logo após a queda da presidenta Dilma Rousseff, reajusta os preços dos combustíveis com base na cotação do petróleo no mercado internacional, variação cambial e custo de importação. 

Dessa forma o valor médio do barril de derivado comercializado pela Petrobrás no país cresceu 40,7%, entre 2019 a 2021, acima das variações do câmbio (36,7%) e do barril do óleo no mercado internacional (10%). Enquanto isso, no mesmo período, a empresa teve redução de custos de extração, em todas as alternativas (terra, pós sal, pré-sal, com ou sem participações governamentais e com ou sem afretamento). Em relação ao refino, também houve redução significativa dos custos de produção, de 32,5% no período 2019/2021, se considerado em dólar; e de 8,5% em reais. 

O preço recorde do combustível se deve a política de paridade com o dólar e a cotação internacional do barril de petróleo adotada desde 2016, ainda na gestão Temer, e mantida na administração Bolsonaro, que mantém uma política de câmbio com a moeda norte americana próxima dos R$ 5,00. 

Para piorar toda a situação, a política de ir encaminhando os interesses privatizantes da Petrobrás impôs a redução da produção nas refinarias. Refinarias que operavam com 100% da capacidade, hoje não estão operando com 100%. Há refinarias como a Isaac Sabbá, no Estado do Amazonas, que está operando com 50% da sua capacidade. E que na última sexta feira, 25/03, não coincidentemente, ocorreu no Senado brasileiro, audiência pública para tratar da privatização da refinaria.  

A solução para o problema dos combustíveis é a suspensão dessa política de preços, suspensão da venda das refinarias, bem como usar 100% da capacidade das refinarias, mas para isso ocorrer, só com a derrubada de toda a direita, colocando para fora Jair Bolsonaro e recolocando na presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva. 

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