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O passado e o presente, juntos

Chance de apagão elétrico traz de volta fantasmas da era FHC

O recente apagão em cinco estados do País reacende o sinal de alerta para o que aconteceu no passado, sob a égide do governo entreguista de FHC

Um espectro assustador e lúgubre novamente ronda o Brasil. O País foi surpreendido, no último dia 28 de maio, sexta-feira, com a  ocorrência de apagões elétricos em cinco estados: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. De acordo com informações, a interrupção no fornecimento de energia teria se dado em função de um  problema na linha de transmissão que escoa energia da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Esta seria, portanto, a explicação técnica para o apagão. Aparentemente, um fato de menor importância se fosse considerado apenas o caráter meramente técnico do que aconteceu.

No entanto, seria muita ingenuidade e até mesmo uma completa infantilidade acreditarmos que por detrás dos “pequenos problemas técnicos” não estariam os enormes interesses que movimentam o setor elétrico no País, em primeiro lugar a política oficial dos neoliberais golpistas liderados pelo ministro da Economia, o inimigo número um do Estado, Paulo Guedes, treinado na Escola de Chicago para implementar nos países de economia dependente, atrasados, o programa do imperialismo e do grande capital, que não é outro senão a privatização, a entrega e a liquidação de todo o parque industrial, da economia dessas nações, como ele próprio realizou no Chile, nos anos em que lá esteve, sob a ditadura do carrasco e sanguinário Pinochet.   

O que vem acontecendo hoje no Brasil – que nada tem de fortuito,  acidental ou “falha técnica” – é a potencial reedição em escala muito superior ao que aconteceu há vinte anos sob o governo do então “príncipe dos sociólogos”, o iniciador no País da maior obra de destruição do patrimônio nacional, o ex-presidente FHC (PSDB), responsável pela avalanche de privatizações (leia-se entrega) que ocorreram nas estatais nacionais, em particular na mineração e telefonia. 

À época, os tucanos entreguistas se viram às voltas com os apagões no sistema elétrico nacional que atingiram grande parte do País, o que os fez optar não por investimentos para recompor a malha elétrica nacional, recuperando o sistema, mas pela adoção de uma política tipicamente terrorista, de ameaças à população, vale dizer, a aplicação do racionamento de energia, onde não faltou nem mesmo a instituição de leis para multar quem ultrapassasse o limite de consumo de energia doméstica fixada para garantir o racionamento imposto pelo governo. 

Neste momento agora, quando o governo neoliberal privatista começa a emitir sinais de alerta em relação a uma muito provável crise hídrica, tudo indica que viveremos a crise energética que tomou conta do País nos anos FHC, com transtornos ainda maiores do que foram causados na era tucana, na medida em que está em curso toda uma estratégia governamental de privatizações de estatais, incluindo aí a Eletrobrás, que já esteve, outrora, na alça de mira para ser entregue ao capital privado, não acontecendo em função das contradições internas do próprio governo e dos múltiplos interesses que gravitam em torno à enorme negociata que movimenta a transferência de uma estatal desse porte para as mãos dos capitalistas. 

Hoje, Fernando Henrique Cardoso – um dos articuladores do golpe de Estado que derrubou o governo petista eleito em 2014 – faz discursos, promove encontros e participa de lives e fóruns “em defesa da democracia”, atacando o genocida Bolsonaro, qualificando-o de autoritário e antidemocrata. FHC, no entanto, não tem qualquer autoridade moral ou mesmo política para atacar quem quer que seja, pois ele mesmo, quando presidente, em seus dois mandatos, agiu de forma totalmente contrária aos interesses nacionais, portanto de maneira oposta a qualquer democrata, se colocando como “vendilhão da pátria”, na medida em que favoreceu abertamente os capitalistas e especuladores, entregando de mão beijada uma enorme fatia dos ativos econômicos nacionais, em detrimento do povo brasileiro.

Para se opor de forma consequente aos estragos que os neoliberais golpistas do passado fizeram e do presente vêm fazendo contra a economia nacional, o patrimônio público e os interesses da maioria da nação, é preciso repudiar de forma veemente não somente os que hoje querem realizar a mesma nefasta política de entrega das estatais nacionais aos especuladores do mercado, aos que desejam auferir lucros com a privatização das empresas públicas (Correios, Eletrobrás, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobrás, etc.), mas condenar também aqueles que foram os precursores do desmonte nacional, como FHC e seus asseclas, os partidos que lhe davam sustentação no parlamento (MDB, DEM, os políticos do Centrão hoje abrigados em outras legendas). 

A ameaça que paira sobre a cabeça dos brasileiros, com a iminente crise no setor elétrico que muito concretamente pode deixar o País às escuras ainda neste ano, deve ser enfrentada com a mobilização e a luta do povo trabalhador e da população pobre e explorada, a vítima maior da política de privatizações, pois são os trabalhadores e a população que certamente terão que arcar com os enormes custos da entrega do controle da energia pública para o capital privado, em primeiro lugar com o inevitável aumento das tarifas de energia doméstica, que já se encontra em patamares escorchantes, comprometendo um importante percentual do orçamento das famílias de baixa renda, em um cenário de aumento vertiginoso do desemprego, baixos salários e aviltamento das condições gerais de vida das massas populares.

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