Segue em marcha acelerada a privatização dos Correios, mais um ataque aos trabalhadores e ao patrimônio brasileiro realizado pelo atual governo golpista. “Os Correios serão colocados à venda por um valor simbólico, sem objetivo de fazer caixa para o governo”, afirmou Martha Seillier, secretária especial do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), pasta responsável pelas privatizações, ligada ao Ministério da Economia. Segundo a secretária, a estatal irá a leilão por uma quantia simbólica, sem objetivo de fazer caixa para o governo. O preço mínimo será baixo porque o comprador levará em conta os custos que terá de assumir, fato esse que esclarece a preocupação com quem receberá quase de graça os Correios e não com a população – não é esse o motivo pelo qual existem governos? São eleitos representantes do povo para fazer evoluir uma nação ou entregá-la por uma ninharia?
Como todo brasileiro sabe, o serviço realizado pelos Correios é de excelente qualidade: chegam correspondências e mercadorias a todos os locais deste imenso país. Há décadas, o serviço se destaca pela qualidade e emprega um número enorme de trabalhadores que sustentam suas famílias com o salário da estatal. A privatização desse serviço afetará um número assustador de profissionais da área, além de causar um prejuízo incalculável ao país ao ser vendido, como declarado oficialmente, por “um valorzinho”. É inadmissível que o patrimônio do povo seja tratado com tamanha irresponsabilidade. A entrega desse serviço a empresas privadas ampliará a precarização das condições dos trabalhadores que substituirão aqueles que ainda têm alguns direitos trabalhistas preservados. Situação que já é realidade em várias profissões: motoristas de Uber, entregadores em geral. Isso sem fazer referência à perda de direitos trabalhistas que vêm tornando o brasileiro um povo ainda mais violentado em todas as instâncias. A empresa que assumir o gerenciamento dos Correios não terá, como objetivo, atender às necessidades da população; como toda empresa privada, sua finalidade espúria é acumular capital, explorando a classe trabalhadora.
Este é mais um ataque ao povo brasileiro e deixa claro que a riqueza do país está-se esvaindo por meio das privatizações atuais e das que foram efetivadas ao longo dos governos recentes; não é tornar o serviço mais eficiente, como se justifica a venda, numa tentativa de enganar os ingênuos e aqueles que ainda não perceberam que o país está nas mãos de entreguistas que o jogam facilmente no colo do imperialismo.
