O governo federal, sob o comando do presidente fraudulento Jair Bolsonaro e com o apoio da maioria de deputados direitistas do Congresso Nacional se preparam para dar mais um golpe na população do país.
Desta vez os aposentados e pensionistas da previdência poderão ficar sem receber seus benefícios em 2021. O orçamento aprovado deu prioridade para o aumento das emendas parlamentares, o aumento da despesas militares e outras despesas discricionárias.
O abono salarial do PIS/PASEP já foi transferido para 2022, e essa já é uma despesa obrigatória que não foi paga. O total das despesas obrigatórias no Orçamento ficou em R$ 1,377 trilhão. Esse valor é 6,6% menor do que o necessário para 2021 segundo cálculos do governo (R$ 1,475 trilhão).
Em meio ao aumento do desemprego, da pobreza e da fome, justamente a parte da população mais pobre e necessitada foi completamente esquecida pelos golpistas do congresso e do executivo. A tal austeridade fiscal é seletiva, para os pobres austeridade, para bancos, forças armadas e deputados, dinheiro a vontade.
Deputados e senadores procuraram manter no orçamento as suas emendas que atendem os interesses em seus currais eleitorais, uma barragem, uma ponte, asfalto na estrada, coisas que atendem mais a interesses de empreiteiras do que os da população de suas regiões, que já estão obrigados a sobreviverem com o minguado salário que recebem.
Bolsonaro vai deixar de pagar aposentados pensionistas e benefícios do INSS para atender os interesses dos banqueiros e grandes capitalistas. Essa é política não só de Bolsonaro, mas de toda direita golpista que votou o teto de gastos anteriormente, no governo Temer.
No momento que a carestia aumenta, a população sem ter como manter suas condições materiais será atirada na miséria. A esquerda parlamentar, apesar de não concordar com os cortes, ajudou a aprovar o orçamento com a promessa do governo de que as despesas seriam recompostas através de crédito suplementar ou extraordinário.
Em vez de votar contra, a esquerda foi seduzida pelas ilusões e vai aparecer aos olhos do povo como fiadora da política de geração de miséria e de fome do governo golpista de Jair Bolsonaro. Nem mesmo o aumento do auxílio emergencial para R$600,00 (seiscentos reais) foi reconquistado pelos deputados do bloco de oposição ao governo.
Com mais de 14 milhões de trabalhadores formais desempregados e o agravamento da pandemia que irá aumentar ainda mais o desemprego, não há, por parte do governo, nenhum plano, mesmo que excepcional, para amenizar a situação de miséria e fome na qual mais e mais pessoas são jogadas todo dia pais afora.
Um governo que não tem capacidade e nem interesse em resolver qualquer tipo de problema da população deve ser removido do poder o quanto antes, pela ação das massas populares.