Ao que parece o “Deus Mercado” está enfurecido com uma determinada parte da sociedade. E a parte que sofre os horrores dessa fúria é a classe trabalhadora de todo o planeta e também os países de capitalismo atrasado, caso do Brasil, Rússia, China, Venezuela, Cuba e Nicarágua, para ficar em alguns exemplos, a lista é bem maior.
Entenda-se por “Deus Mercado” uma entidade ilusória que serve para enganar os incautos. O Ser Supremo é na verdade o imperialismo, que diante da enorme crise que passa, resolveu que a saída seria expropriar tudo que puderem dos trabalhadores.
Entre tantas atrocidades que levam à miséria, à fome, ao desemprego e à morte essa classe, aproveitam a crise gerada na tentativa desse imperialismo de cercar e encurralar a Rússia, gerando o conflito militar que tem por objetivo a defesa do território e do povo russo, contra o nazismo e o imperialismo. Sim, a invasão da Ucrânia pela Rússia foi para se defender dos avanços, fora do acordo assinado anteriormente, onde a Otan se comprometeu a não anexar os países do leste europeu que fazem fronteira com a Rússia.
Na tentativa de enfraquecer a Rússia, o imperialismo impôs restrições comerciais, culturais e esportivas, chegando a proibir a compra de petróleo e gás tão necessário para o povo e para as indústrias européias e dos EUA.
Essa atitude levou ao encarecimento do petróleo em todo o mundo, o que as petroleiras agradecem muito, pois os lucros aumentam da noite para o dia em escala sem precedentes.
Alguns analistas entendem que o preço poderá chegar ao absurdo preço de U$ 180 o barril. Obrigado Tio Sam, dizem as petroleiras.
No caso brasileiro, onde o governo conivente com o imperialismo optou por indexar os preços pelo “mercado” internacional em dólares, a despeito de sermos autossuficientes em petróleo. Para isso fizeram por anos o desmonte da BR, de suas refinarias, e assim passamos a importar gasolina, óleo diesel, gás e demais derivados. E agora sofremos com o aumento dos preços internacionais, graças às sanções que o imperialismo impôs ao petróleo russo.
No ano de 2021 o reajuste acumulado foi de 45% no diesel, gasolina e outros tantos no gás de cozinha. Neste ano, em pouco mais de dois meses, o acumulado chegou a 24,5%. E agora o governo anunciou um aumento de 18,8% na gasolina, 16,1% no gás e 24,9% no diesel, conforme matéria do portal golpista Correio Braziliense, que ao invés de trazer o valor real dos combustíveis na bomba, trazem o valor das refinarias, escamoteando a verdade. Assim, publicam que o preço nas refinarias vai de R$ 3,25 para R$ 3,86 na gasolina no DF. Esses valores são bem mais em conta que os R$ 8 ou R$9 reais por litro nas bombas. Criam a ilusão de que os preços são menores.
Como após o golpe de 2016 a direita tirou o controle do Estado sobre o preço do combustível e fez com que ele fosse ajustado conforme o mercado internacional, agora o Brasil também sofre com a alta da gasolina. Por isso é preciso não apenas que a Petrobras volte a regular o preço, mas também cria a necessidade de reestatizar completamente a empresa para que ela e os consumidores brasileiros não fiquem à mercê dos monopólios internacionais.
Esse novo aumento dos preços do petróleo repercutirá nos preços dos demais produtos consumidos pelos brasileiros e a inflação ficará ainda mais alta, reduzindo muito mais a quantidade de mercadorias que os trabalhadores compram. E também influem no preço dos transportes públicos. Teremos mais fome, miséria, desnutrição e moradores de rua, coisa que já é bastante alta nessa estatística. Onde vamos parar assim?
Os brasileiros precisam urgentemente formar conselhos populares nas empresas, nos bairros e escolas para estabelecer uma pauta de reivindicações e lutar por elas nas ruas, antes que seja demasiado tarde.
Essa luta é pela sobrevivência dos trabalhadores, uma vez que os ricos continuam ficando mais ricos com nossa miséria. Precisamos estatizar além das empresas privatizadas, os bancos públicos, principais sugadores dos recursos do estado, portanto públicos, da sociedade em geral. Assim teremos mais recursos para investir na saúde, na educação e na infraestrutura, coisas que estão em completo abandono pelos municípios, estados e governo federal.
O sistema capitalista está em profunda agonia, prestes a sucumbir de vez. Portanto, precisamos nos organizar enquanto classe trabalhadora e derrotar terminantemente esse sistema que nos trouxe injustiças, perda de direitos e de salário, de emprego e tudo mais.
