Pela 33ª semana consecutiva, o mercado financeiro aumentou a previsão de inflação. Se for confirmada, será a 1ª vez desde 2015 que ela atingirá dois dígitos. Tanto os especuladores, como os especialistas têm a mesma expectativa. As informações foram divulgadas pelo Banco Central através do Boletim Focus, de divulgação semanal das reuniões do Copom (Conselho de Política Monetária), e a última deste ano vai ocorrer em 07 e 08 de dezembro.
Como diz o ditado popular, a desgraça nunca vem sozinha, por isso outros indicadores da economia segue o mesmo padrão, de piora, onde o PIB também foi projetado novamente com diminuição do crescimento, dos 4,88% para 4,80% neste ano e para o ano que vem, 2022, a diminuição foi dos 0,93% para 0,70%.
A Selic, taxa básica de juros da economia, segue no mesmo patamar de 9,25% e está hoje em 7,75% ao ano. Espera-se que, no final de 2022, feche em 11,25%, quando a projeção anterior era de 11%.
O mercado financeiro manteve a projeção do dólar para o final deste ano e 2022 em R$5,50.
A economia segue ladeira abaixo, e com a pandemia fora de controle, pois o Estado nada fez para controlá-la, e com novas cepas do vírus onde o estado de São Paulo está voltando para a fase amarela, nada indica que possa melhorar e ainda que as projeções para o ano que vem são ainda piores que para este ano, não há luz no final do túnel.
Com isso, também assistimos ao aumento da renda dos capitalistas, dos banqueiros e grandes empresários, enquanto os trabalhadores seguem, desde o golpe de estado que derrubou um governo de esquerda, do PT, acumulando perdas diárias dos direitos trabalhistas e previdenciários, redução dos salários e um enorme desemprego em meio a pior pandemia da história do país de do mundo. E com as privatizações que fazem aumentar ainda mais o desemprego.
Diante desse quadro, o “mercado financeiro” pressiona e muito o Bolsonaro a ter uma política neoliberal ainda mais agressiva contra os trabalhadores e o próprio país, com a venda bem barata das riquezas ao capital estrangeiro imperialista, das empresas estatais, das reformas administrativa, fiscal e tributária, para salvar o capital à custa da fome e miséria dos trabalhadores.
Isso para fazer com que a direita, ajudada pela frente ampla, volte a governar como sempre fizeram, com muitas regalias ao capital e quirelas, quando muito, aos trabalhadores. Neste momento as querelas não vão chegar, o golpe de estado foi o sinal de que não estão dispostos a nenhuma concessão aos trabalhadores, pelo contrário, a ideia é a transferência do pouco que conquistaram com muita luta para os capitalistas. Com isso a luta de classe entrou no seu apogeu e só uma revolução é capaz de mudar o quadro.
Para reverter essa situação extremamente difícil para os trabalhadores, é preciso urgentemente se organizar em conselhos populares nas empresas, nas escolas e fundamentalmente nos bairros. Elaborar uma pauta de reivindicações contra os golpistas e ir para as ruas lutar por elas, e só sair das ruas quando todas tiverem sido realizadas.
Fora Bolsonaro!
Lula presidente!