A teoria absurda de Guedes é que a economia tem um comportamento em “V”. Ou seja, depois de cair muito, ela ficaria estável para depois crescer. Na fantasia do ministro, estaríamos no momento estável para depois crescer.
Mas ele entra em contradição no seu raciocínio ao afirmar que o fator que dificulta o crescimento seria a pandemia. Mas não há previsão de superação da pandemia a curto prazo, visto que uma nova variante circula pelo mundo.
A crise econômica é consequência da política, ou melhor, da falta de política do governo Bolsonaro, que além de nada fazer para enfrentar as crises econômica e da saúde, transferiu 1,2 trilhões aos bancos e grandes empresas, enquanto retirava dos trabalhadores grande soma em benefícios sociais, previdenciários e trabalhistas. E ainda reduziu os estoques de produtos do governo, cujo objetivo era regular os preços no mercado.
Bolsonaro aumentou a crise social deixando o governo em completa instabilidade, uma bomba relógio pronta a explodir a qualquer tempo. Diante do caos, e taxa de lucros duvidosas, os investidores retiraram seus montantes especulativos, fazendo com que o real se desvalorizasse com a falta de dinheiro disponível.
E por isso o povo enfrenta a pior inflação nos últimos 17 anos, desde a gestão de FHC (PSDB), governo que deixou o País na mais completa miséria para os trabalhadores, sem empregos, inflação altíssima e privatizações que não resolveram a falta de recursos do Estado, como a agravaram.
Evidentemente não resolveria mesmo, já que naqueles tempos como agora também, o problema central é a dívida pública que através dos juros exorbitantes retiram cerca de 47% da arrecadação do estado, e rouba dos trabalhadores sua renda, já que são eles que pagam a quase totalidade dos impostos. Os ricos não são tributados, nem as grandes fortunas. Cerca de 70% dos impostos arrecadados vem dos trabalhadores com renda de até 5 mil reais.