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No limiar do caos social

A crise elétrica, a inflação e a instabilidade da economia

As condições sociais e econômicas empurram a passos largos o povo trabalhador para o mais terrível abismo. Qual seria a solução?

A crise hídrica trouxe como consequência o aumento de 0,89 % na inflação de agosto, fazendo com que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA-15) do IBGE, fosse o maior para o mês de agosto desde 2002.

Já são 5,81% acumulado no ano e no último ano chegamos a 9,30 % em dados oficiais, o que parece não corresponder à realidade nos supermercados. Os 52% de aumento na tarifa da bandeira vermelha e os 5% de aumento na tarifa de energia elétrica puxaram o aumento do índice de inflação para o mês de agosto.

A inflação na tarifa da energia elétrica foi responsável, sozinha, por 0,23 pontos percentuais no cálculo da inflação no mês. A bandeira vermelha passou de R$ 6,24 em junho para R$ 9,42 em agosto por cada 100 kWh consumidos. Ela vigorou nos meses de julho e agosto.

O grupo habitação no cálculo de inflação teve a maior alta, 1,97%, devido tanto pelo aumento da energia elétrica, como pelo aumento do preço do gás de cozinha, botijão com 3,79% e o gás encanado com 0,73 % de elevação.

No grupo transportes, os maiores vilões foram o aumento do preço da gasolina com 2,05%, do etanol com 2,19%, do óleo diesel com 1,37% e a queda de preço do gás veicular em 0,51%. Os combustíveis contribuíram com 0,12 pontos percentuais no cálculo da inflação, deixando o grupo como o segundo maior peso na inflação.

O grupo saúde e cuidados pessoais teve deflação de 0,29% e contribuiu com 0,04 pontos percentuais no cálculo da inflação. O item higiene pessoal sofreu deflação de 0,67%, remédios de 0,48% e planos de saúde 0,11%.

Para realizar o cálculo, o IBGE faz entrevistas a famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos residentes nos 11 principais centros urbanos do país, conforme matéria da Agência de Notícias do IBGE.

Com a inflação em alta e a crise hídrica que poderá levar o país a paralisação com apagões e racionamento de água, como os ocorridos no estado do Amapá por duas vezes, estão levando a uma situação insustentável para o povo e os trabalhadores.

Essas consequências têm como origem a política neoliberal, onde as reduções dos gastos do governo levam a paralisação da atividade econômica, com redução do nível de emprego e renda dos trabalhadores. A redução da atividade econômica leva a menor arrecadação de impostos pelo governo, que se vê obrigado a reduzir ainda mais os gastos, ocasionando uma espiral de redução da atividade produtiva no país.

A falta de investimentos do governo deterioram a qualidade dos serviços oferecidos pelo estado, e a crise hídrica é uma delas, o sistema de saúde fica sucateado, a educação e a infraestrutura também, e por aí vai.

Inflação, desemprego, elevação das taxas de juros básicas da economia, tudo leva a uma situação de contração da atividade produtiva e completa instabilidade social. As privatizações aumentam o desemprego e a redução dos salários. E a crise aumenta mais ainda.

Mas o neoliberalismo tem como princípio transferir a renda da classe trabalhadora para os capitalistas, pois o sistema não consegue mais manter a taxa de lucros no nível adequado para o sistema continuar a operar. Ao mesmo tempo, promove o empobrecimento generalizado dos trabalhadores, sem aparecer luz no fim do túnel. 

Portanto, só podemos esperar o aprofundamento da crise, que já afeta o sistema financeiro, onde o estado não consegue mais manter os ganhos deles devido à enorme queda de arrecadação, comprometendo o pagamento da dívida pública, que foi contraída nos bancos.

Mesmo com o atual empobrecimento dos trabalhadores a níveis jamais vistos na história, o sistema não consegue se manter de pé.  A única opção que o estado capitalista tem é de aprofundar ainda mais o saque dos trabalhadores, com privatizações, redução maior dos salários, corte maior dos benefícios sociais, aumentar a degradação dos serviços públicos, e tudo leva a situação de instabilidade social ao nível mais alto, a ponto de explodir a qualquer momento.

Como sempre ocorre, são os trabalhadores que pagam a conta das crises. Enquanto que os ricos burgueses aumentam a renda de forma repugnante, já que se dá às custas da fome e miséria de uma quantidade gigantesca de seres humanos.

Só com a ampla mobilização dos trabalhadores, indo para as ruas para derrubar de vez o governo genocida e golpista, assumindo o controle e administração do Estado e expulsando os sanguessugas e parasitas sociais burgueses imperialistas.

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