Mais de 200 cidades do País realizaram atos pelo Fora Bolsonaro nesse 7 de setembro. Os atos não foram enormes, como poderiam ter sido, devido à grande vacilação da esquerda, que praticamente não convocou as bases operárias e populares, deixando o terreno fértil para a extrema-direita bolsonarista ─ que o aproveitou realizando uma mobilização muito maior do que a esquerda.
No Sul do País, a esquerda pequeno-burguesa, que ainda não se libertou da dependência da direita frente-amplista, mostrou como não se deve realizar atos populares.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre o ato contou com aproximadamente 1.000 pessoas. Por conta do “mau tempo” (desculpa esfarrapada da esquerda), a concentração que havia sido divulgada para o parque da Redenção as 11h foi transferida para o Viaduto do Brooklyn com a manifestação do Grito dos Excluídos, seguido pelo ato Fora Bolsonaro que marchou até o Largo Zumbi do Palmares.
A chuva intensa na capital gaúcha, que iniciou na madruga e se manteve do início ao fim da manifestação, contribuiu para a baixa adesão, mas não mais do que contribuiu a pífia convocação dos setores frente-amplistas da esquerda.
A intervenção do PCO, pela fala do companheiro Mário Berlese, destacou a atual fase do golpe de Estado e a crise do regime político, a sabotagem da esquerda pequeno-burguesa na convocação do ato (a exemplo do ocorrido no dia 18) bem como a cumplicidade destes setores inertes com a terceira via tucana, o parlamento e o STF. Lembrou a repressão de BolsoDória em SP e a privataria de BolsoLeite no RS. Também destacou a necessidade de formar comitês de luta e pressionar as organizações operárias a chamar a classe trabalhadora para a luta.
Santa Catarina
O ato em Florianópolis novamente correu risco de ser cancelado devido ao “mau tempo” (a exemplo do ocorrido no dia 19 de junho ─ seriam os sulistas feitos de açúcar?). Porém, o PCO não vacilou e marcou posição pela realização do ato, o que foi seguido por companheiros do PT que haviam consultado previamente o partido. Dessa forma, a Frente Fora Bolsonaro, que ameaçava cancelar o evento, acabou obrigada a aderir e se colocar a reboque do Bloco Vermelho.
O ato contou com aproximadamente 500 pessoas que partiram em marcha do Largo da Alfândega e retornaram ao mesmo local.
No carro de som novamente não houve intervenção do PCO, graças à farsesca e criminosa exclusão do partido da organização dos atos, fato que teve pouca relevância graças à bateria Zumbi dos Palmares, que embalou os manifestantes presentes e ganhou adesão de muitos companheiros.
Paraná
A manifestação em Curitiba concentrou na Praça Santos Andrade as 15h, seguindo em marcha até a dispersão na Boca Maldita pelo início da noite. Estima-se que em torno de 1.000 paranaenses tenham comparecido ao ato. Um fato importante a se destacar foi mais mais uma tentativa do PCdoB em usar o carro de som para atacar o PCO com mentiras e calúnias, replicando as falsas acusações feitas por eles em Santa Catarina e Rio de Janeiro, o que demonstra o caricato desespero do partido em ver a ala combativa do movimento impedindo as suas frustradas campanhas de infiltração da direita tucana nas mobilizações.
A intervenção do PCO, na fala do companheiro Adriano Teixeira, também bateu forte na esquerda pequeno-burguesa que se acovardou e boicotou a manifestação. Denunciou a repressão de BolsoDória ao evento Fora Bolsonaro em SP e as tentativas de aliança da esquerda frente-amplista com golpistas. E encerrou puxando o canto “Ole ole ole olá, Lula, Lula!”, seguido pela multidão em coro que cada vez mais clama pela volta do ex-presidente.
