O Ato do 19 de Junho no Rio de Janeiro ocupa costumeiramente o lugar de segundo maior ato do Brasil, atrás apenas de São Paulo, devido às proporções. Algo marcante destes atos que vem sendo comentado pelos militantes é uma certa surpresa de ver saindo de baixo da cama os diversos partidos e coletivos que condenavam religiosamente se fazer atos públicos até pouco tempo atrás.
A ampla adesão da população, base dos partidos de esquerda ao ato, ameaçou a mais uma vez o regime político golpista.
Polarização se acirra
Apesar da propaganda da imprensa golpista e de setores da esquerda tentarem evitar que se fale em Lula, a maior liderança da esquerda, é inegável a popularidade natural do ex-metalúrgico. Duas palavras de ordem foram puxadas naturalmente, espontaneamente pelos manifestantes fluminenses: “Fora Bolsonaro” e “Olê Olê Olá, Lula Lula!”
A polarização é inegável e este fato comprova a tese do PCO e de vários setores populares de que Lula é precisamente a figura para unir a esquerda contra o avanço do fascismo e na progressão da construção de um governo de trabalhadores. Qualquer banca de venda de camisetas é composta por 90% a 100% de camisas “Lula”, e diversos manifestantes usavam a sua figura em suas vestimentas, faixas e placas.
A fervorosa defesa de Lula, a imensa motivação e disposição em estar nas ruas comprova a tese de que o povo clamava por esta medida para o atual momento de pandemia e crise econômica, pois sabe que ela é a única saída. O ato foi consideravelmente maior e definitivamente mais seguro da direção de radicalização dos atos de rua. Apesar de ainda estar muito contido, sua magnitude ameaça desestabilizar a situação atual de paralisia da burocracia da esquerda em geral e, logicamente, o próprio regime golpista.
Bateria Zumbi dos Palmares faz sua segunda aparição no Rio de Janeiro
Um grande progresso no desenvolvimento do partido no Rio de Janeiro, a criação da Bateria Zumbi dos Palmares, vem mostrando a sua importância política ao amplificar a presença do partido e suas reivindicações. Extremamente útil para levantar a moral dos manifestantes e dar corpo às palavras de ordem puxadas, entre elas: “Verde, Amarelo, Branco, azul e Anil, pega as suas cores e vai para a put* que pariu” como também “Chega de chacina, eu quero o fim da polícia assassina”, “Ei Bolsonaro, vai tomar no c*”, “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar”, e como já dito, “Fora Bolsonaro e “Olê Olê Olá, Lula Lula!”
A bateria se mostrou um importante polo de atração de militantes e interessados e seu desenvolvimento no Rio de Janeiro é certo, com a estipulação de ensaios quinzenais.
Faixa de 50m marca presença
A faixa “Fora Bolsonaro” de 50mX6m, confeccionada para a greve geral de 2019 marcou presença no ato do Rio de Janeiro. Repercutida nas redes sociais ela é um atestado da revolta do povo contra o governo golpista de Bolsonaro.