A água é um elemento indispensável à vida, pois sem ela a sobrevivência da espécie humana estaria ameaçada, porém, ela não vem sendo tratada de forma adequada pela administração publica de municípios do interior de São Paulo e pelo governo estadual. Segundo informações da imprensa burguesa, o abastecimento de água em alguns municípios do interior paulista está completamente ameaçado e fala-se até em racionamento da distribuição para contornar a crise que afeta este estado.
Esta crise está ligada a dois problemas sazonais que ocorrem no Brasil inteiro: A escassez das chuvas e o baixo nível dos reservatórios e mananciais que abastecem as companhias de saneamento. Apesar se sazonal, as administrações publicas municipais mostram-se incompetentes para solucionar o problema, pois não possuem um plano estratégico ou um estudo emergencial para contornar a situação, o que obriga a população a passar privações, uma vez que o fornecimento de água é essencial para o cotidiano e para a atividade econômica.
Fazendo um paralelo com o estado do Amapá, onde o estado ficou cinco dias sem energia elétrica e depois disso, passou por um rígido período de racionamento no abastecimento de energia. Esta é uma realidade muito próxima da maioria dos municípios do interior paulista, onde alguns municípios já planejam racionar este abastecimento para que o produto não falte e para que a população não sofra um desabastecimento de água.
O mais curioso disso consiste em uma medida arbitrária adotada por algumas prefeituras para conter a crise no abastecimento de água. Fala-se em multar, sem critérios estabelecidos, tudo o que considerarem desperdício, unicamente para disfarçar a falta de planejamento estratégico e a incompetência destas prefeituras para solucionar o problema. E fazendo com que as pessoas mudem seus hábitos cotidianos e armazenem água para não passarem por privações. Mas principalmente para não terem que arcar com o ônus da administração incompetente e insensível à questões com um nível de importância tão grande quanto o abastecimento de água. Aliado a isso, em meio à pandemia, os hábitos de higiene são fundamentais para conter a proliferação da doença. Mas, como garantir a higiene pessoal sem água? Uma pergunta, até o momento sem resposta, diante da crise hídrica.
À crise da água a Administração Pública responde com descaso, insensibilidade e mais taxações; ao consumidor que não consegue arcar com as taxas exorbitantes de consumo e cortes. Com isso, espera-se que a companhia de abastecimento de água de São Paulo (Sabesp) continue as obras necessárias para solucionar o problema desta crise hídrica que afeta o interior paulista, assim como, espera-se que as autoridades competentes (PROCON, MPE-SP e Tribunal de Justiça) se unam aos consumidores para que estes não arquem com os custos da incompetência da administração pública, pois já pagam impostos suficientes para os governos estadual e municipal para ainda serem taxados por falta de competência destas administrações.