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São Paulo

Prefeitura do MDB-PSDB: R$ 400 mil em fuzis para reprimir o povo

O vereador Delegado Palumbo (MDB) criou uma emenda que liberou verbas para a compra de fuzis e carabinas pela GCM de São Paulo, será um aumento da sua capacidade repressiva

Em São Paulo, cidade atualmente administrada por Ricardo Nunes (MDB), vice do falecido Bruno Covas (PSDB), se pode ver a demonstração do caráter verdadeiramente fascista dessa direita tradicional, que procura se travestir de democrática para fazer uma falsa oposição a Bolsonaro. Recentemente, uma Emenda parlamentar do vereador Delegado Palumbo (MDB) autorizou a liberação de cerca de R$400 mil em verbas para a compra de armamento pesado para a Guarda Civil Municipal. Com o dinheiro, a GCM declarou que irá adquirir 10 fuzis e 25 carabinas para o seu efetivo.

A GCM afirma que as armas serão utilizadas pelo IOPE, uma espécie de divisão para operações especiais, cuja atuação é mais violenta e mais especializada. Eles ainda afirmaram que a compra das armas ainda levará 15 dias e os policiais terão cerca de um mês para treinar o manejo dos novos equipamentos. 

A compra de armas pesadas para a GCM é tão controversa que instituições da própria burguesia têm se colocado contra e questionado a ação. O autor da emenda, Delegado Palumbo, no entanto, defende a medida. Segundo ele, “O crime está usando fuzil, submetralhadora e pistolas. Não podemos fazer vistas grossas quanto esse fato. O IOPE é uma unidade de elite, está sempre nas ruas de viatura, o que, por si só, já vira um ‘alvo’ para os criminosos que estejam, por exemplo, assaltando ou explodindo uma agência bancária”.

Além disso, ele também coloca que “Em um eventual encontro com bandidos armados de fuzil, nada mais justo que eles tenham um equipamento a altura. Bandido não faz distinção de viatura, tampouco de equipe policial”. Demonstrando que, na opinião dele, a GCM deveria ter uma capacidade assassina tão grande quanto a PM, que já é um esquadrão da morte do povo negro e pobre do Estado de São Paulo. 

O prefeito de São Paulo, do MDB e aliado com o PSDB é justamente o setor com quem a esquerda acredita que o povo deve se aliar nas manifestações. Verdadeiros inimigos e assassinos do povo. Eles são justamente o setor que procura aumentar a repressão e que irá reprimir o povo nos atos.

A Guarda Civil Municipal foi criada durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, que pertencia ao Partido dos Trabalhadores na época. Naquele momento, já foi ressaltado que essa Guarda se tornaria mais um instrumento do Estado burguês para esmagar e reprimir a população. A essa crítica respondiam que ela teria sido inventada apenas para fazer a proteção de monumentos e de patrimônios pertencentes à prefeitura. Era evidente, no entanto, que devido à própria natureza do aparato repressivo do Estado, a GCM seria fortalecida e logo atuaria em conjunto com a PM e as outras forças policiais na guerra contra o povo promovida pela burguesia.

Dito e feito, em pouco tempo os policiais da GCM já estavam portando armas de fogo e já estavam atuando diretamente na repressão de moradores da rua. Atualmente, um dos locais em que eles atuam com maior ostensividade é na Cracolândia, localizada no bairro da Luz, onde há a presença de milhares de dependentes químicos, que vivem em situação totalmente precária e precisam se enfrentar todos os dias com a truculência das polícias paulistas. Inclusive, a própria atuação na Cracolândia foi usada como pretexto para justificar a compra de armamento pesado para a GCM.

É importante relembrar também a demagogia feita pelo ex-candidato a prefeito, Guilherme Boulos (PSOL), com a Guarda Civil Municipal. Em diversos debates e entrevistas, ele procurou se posicionar a favor de um fortalecimento dessa instituição. Ele afirmou, à época: “Nós queremos ampliar [o efetivo da GCM] em quatro anos para mais dois mil agentes para fazer um exemplo em São Paulo de segurança cidadã e policiamento comunitário. Sobretudo nas periferias, queremos montar bases da GCM integradas com a comunidade, para que a comunidade diga quais os pontos de maior insegurança, de maior problema no bairro”.

Esse modelo defendido por Boulos é o mesmo das UPPs cariocas, que protagonizaram diversos episódios de extrema violência contra os moradores das favelas e periferias, como no caso do Amarildo, que foi assassinado por agentes dessas Unidades. Boulos demonstra estar totalmente de acordo com a direita que o promove quando defende esse tipo de medida.

É preciso lutar pelo fim da Polícia Militar, da GCM e das outras polícias do Estado capitalista. Suas tropas têm como principal função o assassinato e esmagamento da população. Não existe, da parte deles, nenhuma atuação no sentido de diminuir o crime nas cidades, tanto é que esse aparato só cresce e isso não tem nenhum efeito nos índices de criminalidade. O fato é que a Polícia, seja ela qual for, atende aos interesses da burguesia e defende a sua propriedade. 

A exigência de parte da esquerda, da desmilitarização da PM é completamente inócua. Basta ver a forma como a GCM se arma mais a cada dia. A classe operária e suas organizações precisam ter a sua própria milícia operária, organizada e fiscalizada pelo povo, que irá determinar a sua atuação.  

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