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Fora Bolsonaro

Povo volta à Avenida Paulista e grita: “Fora Bolsonaro”

Ato fez parte do segundo dia de mobilização convocado pelo conjunto da esquerda nacional

Neste sábado (19), São Paulo, a cidade mais populosa e a sede dos principais acontecimentos do País, voltou a registrar uma grande manifestação contra o governo Bolsonaro. Integrando o segundo dia nacional de mobilização convocado pelo conjunto das organizações da esquerda nacional, o ato em São Paulo teve como principais palavras de ordem a vacinação imediata, com a quebra das patentes, o auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo, o combate ao desemprego, com a redução da jornada de trabalho para 35 horas, e a derrubada do governo Bolsonaro.

Logo no início da tarde, chegaram os primeiros manifestantes à Avenida Paulista, nas imediações do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP). Às 15h, a Paulista já começava a ser tomada pela multidão. O ato, que contou com a presença de dezenas de organizações e foi convocado pelo ex-presidente Lula, foi um importante passo na continuação das mobilizações contra o regime golpista. Só é possível derrubar Bolsonaro nas ruas, e por isso o povo não deve sair delas até ter suas reinvindicações atendidas.

Embora o ato tenha reforçado a tendência à mobilização, notou-se a tentativa da burguesia de tentar infiltrar seus agentes para que as manifestações percam seu caráter combativo. Conforme este diário já vinha denunciando ao longo da semana, a direita tentou, sem muito sucesso, por enquanto, levar o verde e amarelo — cores do bolsonarismo — para o ato em São Paulo. E não somente por meio da pressão sobre setores da esquerda que cedem a essa política reacionária: o verde e amarelo chegou à manifestação por meio de esquemas claramente financiados, como por vendedores que apareceram com inúmeras bandeiras do Brasil no ato e até mesmo de bonecos infláveis que muito lembram os “pixulecos” da direita golpista.

Uma cena flagrada pela equipe deste diário ajuda a esclarecer bastante quem quer o verde e amarelo. Um jovem que estava na manifestação resolveu erguer a bandeira do Brasil junto com uma propaganda eleitoral de… Ciro Gomes, o candidato bolsonarista para aqueles que têm vergonha de assumir que são bolsonaristas.

A tentativa de infiltração da direita foi devidamente denunciada pelos companheiros do PCO e combatida da melhor maneira possível: por meio da formação de um grande bloco vermelho, que saiu em marcha com dezenas de faixas com as verdadeiras reivindicações do movimento, bandeiras do PCO e do PT e o bandeirão de 50 metros pedindo “Fora Bolsonaro”. Desde o início do ato, o bloco vermelho foi organizando a participação dos companheiros no ato através do toque da Bateria Zumbi dos Palmares e da banca do Partido, contendo centenas de materiais vinculados ao movimento: camisas, panfletos, bandeiras, livros, folhetos e muito mais.

Em sua fala durante o ato, o companheiro Antônio Carlos Silva, representando a direção nacional do Partido da Causa Operária, denunciou os riscos que as manifestações corriam de serem sequestradas pela direita:

“O primeiro perigo é tentar infiltrar no nosso movimento gente que não é à favor da nossa luta, o que é muito claro. Eu queria perguntar para vocês: o pessoal que votou no impeachment da Dilma é nosso aliado? O pessoal que apoiou a prisão do Lula é nosso aliado? Aqueles babacas abutres que esta semana falaram que o Haddad é um bandido e que atacam o PT, eles são nossos aliados?”.

E, para combater esse perigo, Antônio Carlos mostrou o caminho, deixando claro que a iniciativa deve vir dos setores combativos da esquerda para impor uma derrota à burguesia e a seus métodos antidemocráticos:

“Por isso, companheiros, nós temos que fortalecer esse nosso movimento, evitar os cavalos de Troia, nós temos que constituir e ampliar a democracia, fazer plenárias, construir atos em todas as cidades do país, construir comitês, comitês democráticos aonde falem todos aqueles que ajudam a construir o movimento”.

O companheiro encerrou sua fala destacando a necessidade de trazer o companheiro Lula para as ruas, a maior liderança popular do País, que tem o potencial de esquentar ainda mais a situação política e levar o movimento à vitória:

“Por último, eu queria dizer o seguinte: foi feita uma campanha reacionária da imprensa e de setores da direita para que o ex-presidente Lula não estivesse aqui hoje. Nós queremos mandar o nosso recado: o Lula precisa vir para a rua e não é problema de campanha eleitoral, mas porque o Lula é uma liderança popular fundamental pra gente derrotar o Bolsonaro”.

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