No último domingo, o vendedor ambulante Wagner de Oliveira Lovato, de 40 anos, morreu após ser espancado em frente a uma casa de carnes, na cidade de Alvorada, Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). A vítima chegou a ser transferida para o Hospital Cristo Redentor, na capital, mas não resistiu aos ferimentos.
Wagner foi espancado por um funcionário do estabelecimento que estava de folga e por um amigo dele no sábado (2). Segundo o delegado que apura o caso, a vítima teria reclamado do preço e qualidade da carne, motivo pelo qual ocorreram as agressões. Após tomar dois socos e cair no chão, o ambulante levou um chute na cabeça o que ocasionou morte cerebral.
O que ocorreu em Porto Alegre, é o que está acontecendo no Brasil inteiro; o aumento da pobreza. Fruto do golpe de estado ocorrido em 2018 contra o então governo petista de Dilma Rousseff, a política neoliberal que foi exigida pelos capitalistas e implementada pelo vice presidente golpista da época, Michael Temer, tem agravado vertiginosamente a desigualdade social e a miséria no Brasil.
Ao passar o “bastão” ao seu sucessor, o também golpista Jair Bolsonaro, a política de devastação continuou. Seu ministro da fazenda, o chicago boy Paulo Guedes, mais conhecido como a “tchutchuca dos banqueiros”, desde que assumiu, só tem favorecido aos capitalistas.
Com o real desvalorizado, inflação alta, privatizações, cortes em investimentos públicos e o favorecimento nas exportações em detrimento ao consumo interno, este super “combo” criminoso de Guedes tem feito milhões de famílias a viver na extrema pobreza e miséria.
Neste celeiro de miséria, sempre surgem cidadãos revoltados, pessoas indignadas, trabalhadores sem rumo, o que aumenta também a repressão do Estado. Um estado que não oferece o “remédio” quando o paciente está doente, e pior, sufoca sua dor na base da violência. O resultado é a continuidade da doença e a morte.