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Remédio de R$ 6 milhões: ou paga ou morre

O que pode fazer um remédio custar R$ 6,4 milhões? O capitalismo não tem freios quando a meta é lucrar

Recentemente, a imprensa tem veiculado notícias em torno do drama de algumas famílias envolvidas na “correria” de salvar a vida de seus filhos de uma doença chamada Atrofia Muscular Espinhal (AME). Dentre esses casos, está o de Rayane Brito Pereira, 20, que assiste ao drama de seu filho Vinícius há dois anos e o de Sophia, filha de Debora Rezende, 36.

A AME é uma doença genética, na qual há a ausência de um gene produtor de uma proteína que contribui para o funcionamento de neurônios responsáveis pelo desenvolvimento muscular da espinha. Ela se manifesta quando, já nos primeiros meses, a criança apresenta dificuldades em sustentar o corpo, sentar, mover os membros, engatinhar, andar etc. É uma doença rara, mas fatal, pois leva o indivíduo a ter pouco tempo de vida.

O grande obstáculo das famílias para vencer a doença consiste, sobretudo, em conseguir comprar o remédio que salvaria a vida das crianças, e este seria o Zolgensma, apelidado de “o remédio mais caro do mundo”, que custa R$ 6,5 milhões de reais. Sophia conseguiu tomar o remédio depois que, lutando contra muita burocracia, conseguiu na justiça que o SUS financiasse o remédio. No entanto, muitos pacientes como Vinícius ainda estão na briga para conseguir o direito de sobreviver. Bastaria apenas uma dose do Zolgensma, “remédio mais caro do mundo”, para solucionar a questão para o resto da vida dessas pessoas.

Diante da situação, o portal UOL, órgão da imprensa burguesa, publicou uma matéria na qual tenta, de maneira desonesta, colocar um falso dilema: “salvar uma vida ou a saúde pública?”. Aqui, a UOL tentou dizer de modo que não ficasse “feio” para ela que, considerando o alto preço do remédio, seria preferível abandonar as crianças doentes, em detrimento do bem da saúde pública.

Ao invés de dar atenção a esse “dilema” oportunista, deveríamos questionar o valor absurdo do remédio, que é produzido num grande laboratório privado e tem seus valores de custo trancados a sete chaves. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), denunciou que o Conselho de Ministros da Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) atendeu um recurso da farmacêutica Novartis e aprovou o reajuste do medicamento Zolgensma de R$ 2,9 milhões para R$ 6,5 milhões.

O preço foi reajustado levando-se em conta outro tratamento da doença, com o remédio Spinraza. O fato de que o tratamento com o Zolgensma seja mais eficaz do que o com o anterior serviu como justificativa para que os capitalistas valorizassem o preço do remédio, tornando ele mais inacessível ainda. Ou seja, a justificativa do aumento do preço é, literalmente, o desespero das pessoas. Enquanto isso, os custos de produção do remédio não são divulgados.

O caso demonstra que o capitalismo não tem freios quando a meta é lucrar. Isso fica ainda mais claro quando se trata de um caso de vida ou morte, no qual a burguesia escolhe, sempre, a morte e o capital. O dilema do UOL é uma completa farsa, pois, além de não considerar o direito de acesso aos medicamentos e à vida, ignora. propositalmente, o grande problema central da indústria farmacêutica no mundo, que gira em torno da exploração das enfermidades da população para enriquecimento.

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