Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, até a última segunda-feira (16), 2.031 pessoas assinaram documento de recusa à vacinação no estado de São Paulo. A lei que institui esses termos, sancionada no dia 27 de julho pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), prevê que, quem assinou tal termo, será colocado no final da fila de vacinação.
Além da capital, outras 10 cidades aderiram à medida, como São Bernardo do Campo, Guarulhos, Osasco, São Caetano do Sul e Embu das Artes.
Sob o pretexto de combater os chamados “sommeliers de vacina”, essa lei é ainda mais um ataque da burguesia paulista aos trabalhadores. Afinal, que efeito positivo tem à campanha de vacinação proibir legalmente àqueles que não se sentem convencidos a tomar o imunizante frente às informações que lhes foram disponibilizadas?
Se o estado estivesse de fato interessado em proteger o povo por meio da vacinação, tomaria para si um papel de convencimento democrático, de luta política à favor de sua campanha, e não o de punir quem não segue a conduta imposta pelo mesmo.