Nesta segunda-feira (06), o Governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, em conjunto com Sérgio Sá Leitão, Secretário de Cultura de São Paulo, a criação de dois novos museus na capital paulista: o Museu das Favelas e o Museu das Culturas Indígenas.
Além disso, no mesmo pronunciamento, o golpista anunciou a ampliação do Museu da Diversidade Sexual, localizado na estação República do Metrô.
O Museu das Favelas irá ocupar o Palácio dos Campos Elíseos, antiga sede do Governo, na região central. Além disso, o Museu das Culturas Indígenas será instalado próximo ao parque da Água Branca e ao Complexo Baby Barioni, na zona oeste.
São museus que invertem ou mudam as perspectivas que essas comunidades são tratadas […] Onde muita gente enxerga carência, a gente enxerga potência. Onde há um manto de invisibilidade, a gente enxerga luz”, coloca, cinicamente, Sá Leitão.
O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Cufa (Central Única das Favelas), uma organização social que tem como um dos fundadores o rapper MV Bill, reconhecido pela ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura como uma das 10 pessoas mais militantes da década passada.
Fica claro que este projeto não passa de mais uma guinada ao identitarismo por parte de Dória. Afinal de contas, enquanto faz sua demagogia, assassina, por meio da polícia, diariamente a população pobre de São Paulo ─ as da favela, os índios e os LGBT. Pode ser que esteja fazendo uma aposta, um investimento: exterminar o quanto antes o povo da favela e o povo indígena do estado para, depois, celebrar seu legado por meio de seus museus.