Na licitação que previu a concessão de 35 anos dos serviços de esgotamento sanitário e distribuição de água no estado do RJ, especialistas criticam gastos de R$ 17 bilhões em planos de obras na consecução dessa verdadeira entrega do patrimônio público.
O governador estadual Cláudio Castro do PL, substituto de Wilson Witzel, declara de forma demagógica, que os recursos de R$ 22,6 bilhões, arrecadados com a doação da CEDAE, serão repartidos entre os 29 municípios impactados pela concessão, com obras de infraestrutura, com a promessa de geração de 45 mil empregos, sem especificar onde ou como serão gerados estes postos de trabalho.
Ocorre que a venda da CEDAE aconteceu com a garantia do congelamento do pagamento da dívida do Estado com a União, por 3 anos, que somam R$ 118 bilhões.
A ALERJ chegou a suspender o leilão, porém o governador prosseguiu com o processo alegando que o Estado estava apenas organizando a concessão dos serviços cujos beneficiários são os municípios, repassando assim a responsabilidade da vergonhosa privatização para as prefeituras.
Em toda essa negociata, os banqueiros também esperam receber parte da dívida do Estado do RJ que é de R$ 172 bilhões.
Diante desse colapso econômico, o governador bolsonarista, pretende dar o calote geral em todos seus credores e usar o dinheiro em campanha eleitoral, com a devida demagogia que a privatização é boa para o povo pois tem a capacidade de gerar empregos.
Tudo falsificações desses banqueiros e governador, que pretendem gerar mais riquezas, apenas em seus próprios negócios e currais eleitorais, assaltando a população na entrega do seu bem estar e contando mentiras para a população que assistiu a entrega de seu patrimônio, que é o acesso a água potável e saneamento básico, isso tudo como forma de garantir os grandes lucros aos capitalistas.
A CEDAE é do povo, pertence aos trabalhadores e deve ser reestatizada, a exemplo de outros países como Paris, Buenos Aires, Budapeste, Lá Paz, entre outros, que tiveram que retroceder e reestatizar os serviços de saneamento e distribuição de água, o Brasil não pode ceder aos banqueiros e capitalistas, com a entrega do nosso patrimônio, pois esse atendimento é de atendimento às necessidades primárias da população e portanto, deve estar no controle dos trabalhadores para cumprir seu papel precípuo que é a promoção do bem-estar da população, com a oferta do saneamento básico e a garantia que toda população do Estado do RJ possa ter água com qualidade sem prejuízos econômicos, na cobrança de valores exorbitantes, das famílias que necessitam da utilização desse serviço.