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Genocídio à vista!

Genocídio: 14 estados anunciam volta às aulas em fevereiro

Uma pesquisa divulgada em 2020 pela OMS e Unicef, apontou que quatro de cada dez escolas não tinha estrutura nem para lavagem de mãos dos alunos.

Indo na contramão de todas as evidências da catástrofe de volta às aulas em todo o mundo, as redes públicas de 14 estados brasileiros anunciaram oficialmente o seu retorno, que, obviamente, causará um genocídio em massa no país. Além de Goiás, os estados que já retornaram às atividades nos últimos dias ou anunciaram a retomada para as próximas semanas são: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Há também outros 9 estados, junto ao Distrito Federal, que programam o retorno das atividades escolares a partir de março, mesmo com todos os números e recomendações alertando para o oposto em todo o mundo. Dois estados não informaram oficialmente sua previsão de retorno, sendo eles a Bahia e Rondônia.

Vale ressaltar logo de partido, que dentre estes estados, estão alguns em situação de calamidade total da saúde por conta da explosão de casos de contágios do novo coronavírus.

Uma pesquisa divulgada em 2020 pela OMS e Unicef, apontou que quatro de cada dez escolas do Brasil não tinha estrutura para lavagem de mãos dos alunos.

Se apoiando no argumento cínico de estar fazendo o bem para os jovens, os governos afirmam que o retorno será remoto para este mês de fevereiro, o que é apenas um pretexto para a volta total às salas de aula.

E para piorar a situação do povo, alguns destes estados são comandados por governadores ditos de esquerda. Um crime contra a classe trabalhadora e seus filhos.

O estado de Goiás, comandado pelo fazendeiro miliciano, Ronaldo Caiado (DEM), já retomou suas atividades escolares em janeiro passado. E mesmo frente ao aumento de contágios nas escolas reabertas, o Secretário de Saúde de Goiás, afirmou que as escolas devem ser as últimas a serem fechadas e as primeiras a serem abertas.

“O COE [Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus] escolheu pela manutenção dos atuais 30% de alunos de forma presencial. Como estamos em franca expansão da Covid no Estado, não achamos prudente subir para 50%, não queremos retroagir”, disse o criminoso. 

Isso deixa claro a política da direita de imediato: matar a população mais pobre para tentar salvar o mercado.

E qual é o motivo que nos leva a afirmar categoricamente que o objetivo do retorno remoto, levará à volta presencial?

Simples: a direita pretende estabelecer uma forma “híbrida” de aulas, onde parte será virtual e parte presencial. 

Na esteira dessa nova forma de ensino remoto, os neoliberais preparam seus especialistas para, sob a miséria e morte do povo, tratar já de assinalar que as escolas não tem tecnologia, nem a velocidade nas aulas virtuais para os estudantes do ensino público evoluírem, etc, etc, etc. Se coloca assim, a necessidade de um EaD modelo. Mas qual seria este modelo? O das escolas privadas, é claro. 

Para os que desconhecem a conhecida “Doutrina do Choque” (com seus acertos e erros), trata-se do livro da jornalista canadense, Naomi Klein, onde este método, que os neoliberais da Escola de Chicago utilizam, é explicado. Os seguidores de Milton Friedman – felizmente, debaixo da terra -, tal como o nosso Ministro da Economia, Paulo Guedes, se aproveitam da situação de calamidade social para privatizar tudo que é possível em uma velocidade assustadora. Foi assim nos próprios EUA, onde privatizaram redes de ensino de regiões inteiras após uma tragédia com uma barragem (muito suspeita), no Chile de Pinochet (quando Paulo Guedes estava por lá com o ditador sanguinário e seu amigo do peito), e em outros tantos países pelo mundo. 

É disso que se trata toda essa manobra de volta às aulas durante o avanço da pandemia no mundo: lucrar com a privatização de nossa educação, do SUS, Petrobrás e tudo mais que o Golpe de Estado conseguir fazer. 

Resumindo a política neoliberal, a direita prega que, para salvar o ano letivo, devemos arriscar a vida de crianças e jovens indefesos e sem vacina. E ainda mais além, que para salvar meia dúzia de capitalistas, devemos matar algumas dezenas de milhares, até milhões de escravos do sistema capitalista que não tem poder de escolha e nem voz neste sistema podre. 

O dito “rodízio de alunos”, para manter o distanciamento – inútil – entre as carteiras, poderia ser substituído por um rodízio dos próprios governadores assumindo este risco nas escolas e dando o exemplo. 

Que tal, o governador de Goiás e líder do grupo assassino no campo, a UDR, ir para a sala de aula sem vacina, com álcool gel vencido – como a cidade de São Paulo, de Bruno Covas, o fez – em salas sem ventilação, sem estrutura mínima de higiene, papel higiênico, e, aí sim, retirarmos um veredicto deste verdadeiro exemplo de cobaia?

É preciso uma greve geral da educação unificada pela CUT. É urgente que se tome uma atitude e que se organizem comitês populares, de professores, pais, alunos, nas escolas, bairros. O controle da saúde, ou, no caso, da falta dela, dentro das escolas, é fundamental para a sobrevivência do povo. Ou a população derruba o governo golpista todo pela força das ruas, ou podemos amargar milhões de falecimentos.

A própria Alemanha, nesta semana, alegou categoricamente que os números de mortos a partir deste mês no principal país industrializado da Europa, será na casa de 700 mil pessoas. Não podemos deixar que no Brasil este cenário se apresente, pois será infinitamente maior.

Fora Bolsonaro e todos os golpistas nas ruas!

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