Bruno Covas, um notório inimigo do povo, era o continuador da linha política da família Covas, já que era neto do Mário Covas, também do PSDB. Com as fraudulentas eleições, essa família odiada pelos trabalhadores e amada pela burguesia, seguiu durante anos sugando os direitos da população, governando São Paulo para os ricos. Essa gente ganhou o ódio genuíno da classe operária paulista, que vê no PSDB, com toda razão, uma corja de velhacos. O povo, ao olhar para o PSDB, vê Aécio Neves, João Dória, a entrega da Vale, a privatização dos Correios, a tentativa de privatização da Petrobrás, toda a privataria tucana, etc.
Por esses e outros crimes contra o povo, os trabalhadores identificam o PSDB como o que de fato é: agente da burguesia e do imperialismo. E a família Covas é um dos símbolos da rapina que o PSDB impôs ao Brasil e, em especial, à São Paulo. Diferentemente da esquerda pequeno-burguesa, que se solidarizou com a morte do fascista (como não lembrar de Guilherme Boulos expressando suas condolências?!), a classe proletária comemorou vigorosamente tal evento. É verdade que a morte de Bruno Covas não trouxe nenhum avanço para a classe trabalhadora, porque ela ocorreu de modo natural, não pelas mãos de uma ação organizada e revolucionária (não falamos aqui de terrorismo individual): todavia, os trabalhadores não deixaram de comemorar a morte de seu algoz.
Apesar de o povo ter se livrado de Bruno Covas, o seu filho, Tomás Covas, tentará continuar o legado reacionário do pai. Ele se filiou ao PSDB, agora oficialmente, e já segue os passos do pai, que dedicou até o último segundo de sua vida para seguir a agenda dos patrões, para atacar os trabalhadores, para se prostituir para a burguesia. Tomás, capacho político de João Dória, um dos principais nomes da direita civilizada, já deve estar sonhando em repetir alguns dos “grandes” feitos do pai: pôr pedras embaixo de viadutos para impedir que moradores de rua descansem nesses locais, matar dezenas de milhares com a falta de ação na pandemia ou, quem sabe, apoiar um candidato fascista para a presidência. Todas essas foram “realizações” de Bruno Covas!
Tomás Covas, como um novo político burguês, subordinado às vontades de seus chefes, seguirá a política da própria burguesia, por mais horrenda que ela seja, assim como fez seu pai. O único norte para Tomás Covas, assim como foi para Bruno Covas e Mário Covas, é a sua própria carreira individual, é seguir o programa dos ricos. A subordinação aos interesses da direita e dos patrões, que consumiu toda a vida do fascista Bruno Covas, agora, começa a consumir a vida do jovem funcionário do João Dória.
A direita quer apresentar uma solidariedade com o Bruno Covas, apresentá-lo como um pobre coitado que sofreu por São Paulo. Os infiltrados nos atos contra o Bolsonaro e seu projeto de privatizações e ataques ao povo gritaram o nome de Bruno Covas. Devemos dizer que ele deu sua vida, utilizou de sua “sensatez na pandemia” (que custou dezenas de milhares de mortos) sim, mas não por São Paulo, e sim por um setor de São Paulo: o setor dos endinheirados, o setor dos vampiros e dos parasitas. Esses sim sentem falta de Bruno Covas e tentam se consolar com Tomás Covas.
À esquerda, cabe o papel de denunciar a manobra dos tucanos para continuar sugando o povo paulista e o povo brasileiro; cabe organizar a luta dos oprimidos; cabe reivindicar: fora Bolsonaro e todos os golpistas!