Na manhã desta quarta-feira (01), o Tribunal de Contas do Município considerou parcialmente concreta representação que questiona o processo seletivo de organização social para a gestão do Teatro Municipal de São Paulo.
Segundo Eduardo Tuma, relator da questão, houve conduta indevida da comissão de seleção escolhida pela Fundação Teatro Municipal e, consequentemente, ilegalidade que desrespeitou o interesse público. A avaliação foi feita pelo segundo colocado no processo, o Instituto Baccarelli. Em primeiro lugar, foi escolhida a organização Sustenidos.
Em breve pesquisa por parte da redação do Diário Causa Operária, já é possível determinar relações entre a organização Sustenidos e a burguesia tanto nacional quanto imperialista. Por exemplo, consta no site da organização apoio institucional por parte da Microsoft e da Visa. Ademais, possui um parceiro internacional, a JM International, co-fundada pelo Programa Criativo Europeu da União Europeia. Por fim, possui apoio institucional do Instituto ACP, o qual está diretamente ligado com movimentos como “RenovaBR” e “Todos Pela Educação”, fundado com apoio de Milú Villela, bilionária presidente do MASP e vice-presidente da ITAÚSA.
A denúncia de irregularidade no processo atrelado ao Teatro Municipal só mostra o quão nebuloso é este tipo de administração. Fica claro, portanto, que a entrega do patrimônio público às chamadas organizações sociais não passa de uma forma mascarada de privatização. A própria ligação com Milú Villela revela o começo de um mecanismo de entrega específico do patrimônio cultural paulista, algo que deve ser duramente combatido nas ruas.