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Fascismo nas ruas de Salvador

Ditadura: ACM Neto vai multar quem não estiver com máscaras nas ruas

Prefeito ACM Neto, adota medida típica de ditaduras e punirá população pobre por não usar máscaras às quais não terão acesso

Mais uma medida típica de ditaduras vai ser adotada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto. Não bastasse a imposição da quarentena, que é aplicada na base da força, principalmente para a população pobre, agora todos terão que usar máscaras nas ruas, no transporte público e nos ambientes de trabalho. Foi o que anunciou o político do Democratas, que detalhou pessoas sem a máscara não poderão tomar o transporte público, em veículos particulares serão multadas, nos ambientes de trabalho poderá a empresa ser interditada, ambulantes terão suas mercadorias apreendidas.

Segundo ACM, a medida antidemocrática é necessária pois há um aumento de circulação das pessoas, que estariam desobedecendo a determinação da quarentena. Segundo informou a prefeitura, detectou um aumento de 2% no uso do transporte coletivo e de 18% do número de veículos nas ruas da cidade. Informando ainda que vai distribuir 200 mil máscaras de pano para os ambulantes.

É preciso deixar claro que se trata de uma medida antidemocrática, fascista e de extrema demagogia. Primeiro porque a quarentena em si já é um engodo dos governos que depositam todas as ações na quarentena para não ter que investir pesado na saúde pública, oferecendo testes gratuitos em massa, garantia de atendimento e tratamento médico para todos, distribuição gratuita para toda a população de máscaras, luvas, álcool em gel, produtos de limpeza, etc. Segundo que a “fiscalização” vai, como sempre, cair nas costas da população pobre trabalhadora das periferias, que tem como inimigo constante a violência policial, sendo que esta medida vai aumentar a violência das polícias, decretando toques de recolher, interdição de pequenos estabelecimentos, apreensão de mercadoria de ambulantes e de pessoas de forma totalmente arbitrária, como sempre é feito nas periferias. Terceiro, é uma medida extremamente demagógica, pois além de não contribuir em nada no avanço da contaminação, só faz propaganda do próprio prefeito e de seu candidato a substituo, Bruno Reis, na medida que quer se aparecer como “em oposição” ao presidente ilegítimo e fascista, Jair Bolsonaro, quando, na verdade, fazem parte do mesmo bloco da direita fascista e golpista, que está esfolando os trabalhadores ainda mais nessa crise sanitária.

Outro aspecto fundamental que escancara a cretinice do prefeito é que, é a própria prefeitura um dos patrões mais intransigentes e que mantém os trabalhadores ligados à prefeitura trabalhando normalmente, em alguns casos até mais, como os profissionais da saúde. É fácil encontrar pela cidade diversos trabalhadores da prefeitura cortando grama, fazendo calçadas, asfaltando ruas, pintando guias. A obra do BRT, por exemplo, continua à todo o vapor, tendo o prefeito comemorado a conclusão de dois viadutos há alguns dias. Ou seja, é uma medida de aparências, demagógica, que não vai mudar em nada a evolução da contaminação, até porque as máscaras conferem proteção muito limitada, ainda mais sendo de material inadequado, que é o que a maioria da população vai poder utilizar. Além do que, as 200 mil que diz o prefeito que serão distribuídas, é um número irrisório para uma população de mais de 3 milhões de habitantes, além de ter uma baixa durabilidade.

A população da cidade não pode compactuar com medidas antidemocráticas de cerceamento de direitos, seja qual for o argumento, principalmente quando há diversas outras medidas reais, efetivas que não estão, nem serão tomadas. Além disso, permitir que governos da direita golpista e fascista, como ACM, Bolsonaro, Dória, Witzel etc, adquiram mais poder e suprima direitos da população é dar largos passos em direção à instauração de um regime ditatorial, que pode durar por anos ou até décadas.

Conheça aqui as propostas do PCO para a crise da Covid-19 e veja o que seriam medidas reais para combater a epidemia.

 

Abaixo, funcionários da prefeitura e do governo do Estado realizam obras nada essenciais e sem qualquer proteção contra a epidemia.

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