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Política de Estado

Câmeras em uniformes: a polícia serve para matar o povo

A diminuição dos assassinatos com a simples adição de uma câmera nos uniformes dos policiais mostra que o extermínio da população é uma política de Estado.

pm rj

Criada no século 19 para proteger a Família Real e suas propriedades, a atual Polícia Militar é o braço armado da burguesia para protegê-la e massacrar o povo pobre, a classe operária do Brasil, assim como ocorre em diversos países cujas forças policiais estejam sob controle da burguesia. O Partido da Causa Operária(PCO) sempre denunciou os diários crimes da instituição e por isso defende seu fim como um princípio fundamental para salvar a vida do trabalhador.

Quando se acusava a PM de criminosa, máquina de assassinar e torturar, a burguesia e a esquerda pequeno-burguesa passavam pano alegando que eram desvios individuais dos policiais e que os autores seriam afastados, punidos, assistiriam um curso de ética, direitos humanos, etc. Às vezes surge a ideia de desmilitarização, mas nada disso sanará a opressão da população, senão com a extinção desses agentes da violência, do racismo e do preconceito.

Recentemente foi implantada nas corporações militares de São Paulo o Programa Olho Vivo, que instala câmeras para filmar a ação dos policiais, uma prova cabal que de fato eles provocavam massacres e violências diárias contra a classe operária.

Em um ano, as mortes provocados por esses agentes da burguesia despencaram em 19 dos 131 batalhões, uma redução ainda muito pequena. Houve, segundo dados obtidos pelo portal UOL, queda de 80% na letalidade policial. Nesses 19 batalhões, houve 41 mortes provocadas por intervenção policial contra 207 nos meses em que não tinham as câmeras. As lesões corporais também diminuíram, caindo 28% em relação aos anos anteriores.

Embora o programa Olho Vivo tenha reduzido as mortes, ainda assim a existência da PM é uma ameaça ao povo, sobretudo nesse momento de polarização política e ascensão do fascismo da extrema-direita no país. Três candidatos ao governo de São Paulo já prometeram restringir o uso dessas câmeras, como se estivessem achando pouco o alto índice de assassinato provocado pelas corporações. O falso “socialista” Márcio França(PSB) deu uma justificativa fajuta para restringir seu uso: segundo ele, as mulheres ficam constrangidas ao irem ao sanitário. No entanto, Rodrigo Garcia(PSDB), atual Governador de São Paulo, informou que “a preservação íntima dos policiais já existe”. O bolsonarista Tarcísio Freitas(Republicanos) e o ex-aliado Abraham Weintraub (PMB), ex-ministro da educação no governo Bolsonaro, afirmaram que irão condicionar o uso dos equipamentos ao controle dos próprios policiais. Será que esses policiais vão fabricar provas contra eles mesmos?

Ainda tem candidato que quer pôr fim a esse atenuante do martírio popular. A cúpula da PM certamente só apoia esse projeto para diminuir a imagem negativa e mascarar a grande máquina de assassinato que é essa instituição. Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), disse que o projeto “É uma política pública de estado, não de governo. A PM já está há mais de dez anos estudando a adoção dessas câmeras”. Em nota, a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) disse manter o compromisso “em reduzir as mortes por intervenção policial”.

Embora as câmeras inibam a violência policial, elas não resolverão o problema pela qual passa a maior parte da população pelo país afora, no qual apenas o Estado de São Paulo adotou o programa. Nem as câmeras e nem tampouco os cursos por pura formalidade resolverão o martírio do povo.

É preciso continuar denunciando a mortandade praticada pelas forças policiais no Brasil, sobretudo agora no governo Bolsonaro, que deu carta branca para eles aumentarem a violência, tanto na zona urbana quanto na rural. As câmeras inibidoras terão grandes inimigos, como esses três candidatos ao governo paulista, do governo federal e provavelmente não serão implantadas em outros estados.

Para salvar a vida da população, além de continuar denunciando as ações criminosas, é necessário formar os comitês de autodefesa e lutar para mobilizar e conscientizar o povo a defender a política de dissolução da PM e de outras forças policiais, substituindo-as pela própria população que pode selecionar, gerir e treinar seus agentes de segurança, diminuindo assim com os abusos e massacres diários nas favelas e comunidades, principais pontos populacionais onde a PM sai suja de sangue.

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