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Chacina no RJ

Acabar já com a PM, a verdadeira organização criminosa do País

Órgão de terror contra o povo precisa ser extinto e o povo deve ter o direito de se defender armado

Iniciada nesta terça-feira (23), a operação policial organizada pelas polícias Militar e Rodoviária Federal no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, já se tornou o maior massacre realizado pela polícia no ano de 2022 e o segundo maior da história do Rio de Janeiro, estando a apenas 3 mortos de se igualar ao massacre do Jacarezinho.

Agentes do BOPE e da Polícia Rodoviária Federal anunciaram a suposta “operação contra o tráfico” de acordo com uma dita movimentação do Comando Vermelho. As forças de repressão invadiram o Complexo da Penha e até o momento, se mantém no local realizando “buscas” por supostos líderes do tráfico organizado.

Segundo dados oficiais, atualizados de forma crescente durante as últimas horas, 25 pessoas foram assassinadas pela operação policial, e outras seis ficaram gravemente feridas na comunidade. Segundo a Polícia Militar, a maioria de mortos seriam de “suspeitos”, no entanto o que há na prática são menores de idade, mulheres, donas de casa e trabalhadores sem qualquer passagem pela polícia que foram brutalmente assassinados.

Os relatos nas redes sociais feito por moradores são ainda mais macabros dos que as informações oficiais. Vídeos mostram policiais intimidando moradores, atirando em casas e inclusive corpos encontrados nas proximidades da comunidade logo após o fim da operação policial.

Os números revelam a atrocidade policial e a política de genocídio dos aparatos de repressão.

A repercussão da operação rapidamente ganhou força por meio da denuncia de moradores, já que por outro lado a imprensa burguesa se limitou a, como de costume, noticiar cinicamente o evento como apenas mais um episódio da “guerra contra o tráfico” no Rio de Janeiro.

Tratando de forma “natural” o evento, jornais como a Folha de S.Paulo, vem destacando a importância da operação policial, o perigoso inimigo representado pelo Comando Vermelho, e limitando-se graças à pressão das denuncias a informar que os policiais “pedem desculpas” pelos “erros”.

O Ministério Público também instaurou um um Procedimento Investigatório Criminal para “apurar” as circunstâncias da mortes, fazendo promessas de ouvir moradores e policiais, para no fim não resolver absolutamente nada.

Deixando a demagogia de lado, Jair Bolsonaro não escondeu sua felicidade pelo massacre feito na Vila Cruzeiro parabenizando em sua conta oficial no Twitter “os guerreiros do Bope e da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que neutralizaram pelo menos 20 marginais”. O fascista ainda afirmou que a operação de assassinato dos moradores vem sendo planejada há meses e que o uso da força teria sido necessário para conter os “marginais”.

Bolsonaro ainda postou uma foto das armas que teriam sido apreendidas pela operação e inclusive chegou a declarar que não houve erros, afirmando que o massacre de 25 trabalhadores foi algo “natural” e uma resposta ao “conflito” com o tráfico.

Na prática não há nenhuma comprovação de “conflitos” como afirma o fascista, mas sim de um massacre covarde e brutal das forças de repressão policial na comunidade.

O caso ocorre cerca de 1 ano do massacre do Jacarezinho, ocorrido também no mês de maio, em 2021, há poucos quilômetros de distância da comunidade. No Jacarezinho foi a Polícia Civil, na Penha os responsáveis pelo massacre foram as Polícias Militares e Rodoviária Federal, não há um único aparato de repressão do estado, seja ele local ou nacional, militarizado ou não, que não esteja a serviço do massacre dos trabalhadores e da população negra e pobre.

Toda esta situação comprova que é necessário sair às ruas e exigir não a desmilitarização da polícia mas o seu completo fim. É preciso acabar com os aparatos de repressão do estado, que servem apenas para massacrar o trabalhador pobre e oprimido, o negro, o jovem da periferia.

Não existe “combate ao tráfico” existe um permanente massacre, que apenas aumenta após o golpe de estado e a eleição de Bolsonaro. O fascista inclusive deixou bem claro, a polícia tem carta branca para matar, não precisa de motivos, não há “erros”, como afirmou Bolsonaro, em assassinar brutalmente menores de idade, mulheres e trabalhadores.

A PM é uma organização fascista, a verdadeira organização criminosa que atua contra o povo, sobretudo o trabalhador. É necessário fazer deste massacre o ponto inicial de uma verdadeira mobilização de rua, assim como o massacre no Jacarezinho suscitou há cerca de um ano.

É preciso sair às ruas, contra Bolsonaro e o golpe de estado. Garantir na força que o regime golpista seja derrotado, Lula seja presidente, sob uma base de uma verdadeira mobilização popular, que exija não só o fim da repressão como uma dissolução completa destes aparatos fascistas, que massacram o povo trabalhador, como também o armamento da população negra e operária, garantindo sua autodefesa contra os verdadeiros fascistas, os de farda, que foram responsáveis por mais um massacre no país.

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