Seis anos se passaram desde o acidente criminoso em Mariana (MG), onde os moradores perderam suas casas e até a própria vida. E até hoje não receberam as casas que são devidas como indenização, pela destruição causada por dejetos de lama tóxica, provenientes da barragem da Samarco, de propriedade da Vale e BHP Billiton, cujo desabamento ocorreu por falta de manutenção. É uma empresa privada, atentem.
O desabamento ocorreu em novembro de 2015 quando o risco de acidente havia sido denunciado por funcionários da manutenção, sem que a empresa tivesse tomado algum tipo de providência.
Isso deixou um rastro de destruição e mortes, coisa que não incomoda os proprietários até hoje. Negociam com a justiça a indenização, ou melhor, a não indenização das vítimas, já que foram estabelecidas três datas limites para a entrega dos imóveis aos proprietários atingidos, mas nenhuma delas foi cumprida e os responsáveis pela empresa não foram acionados para cumprir a determinação judicial.
Das 247 casas devidas apenas 10 foram concluídas, mas os proprietários ainda não podem ocupar os imóveis. As restantes ainda estão em construção, e muitas ainda não passaram dos alicerces.
É assim que agem os monopólios privados, engavetam os lucros, cortam os custos e com isso o negócio fica no maior abandono, caindo de podre sem manutenção. Com isso os riscos de acidentes se elevam e muito, causando prejuízos e mortes para a população ao redor dessas empresas.
Nem depois desses desastres contra o povo, tanto o estado quanto os monopólios privados imperialistas tomam alguma medida para impedir que isso volte a ocorrer, e quem arca com os prejuízos e mortes é o povo.
No caso do desastre em Mariana (MG), nem sequer as obras de infraestrutura dos reassentamentos foram concluídas, estão paradas. O que evidencia o pouco caso da Vale para com os afetados pela sua irresponsabilidade.
Como sabemos, o capital que dispõe a empresa é gigantesco, o que faz com que as indenizações possam ser facilmente atendidas, sem maiores danos para os lucros. Mas mesmo assim querem economizar com o povo, e contam com a proteção do estado para isso, o que faz com que os moradores prejudicados tenham ódio e revolta mortal da empresa, como relata uma das vítimas em matéria do jornal golpista O Globo.
Fica claro que as empresas operam em total loucura, expondo a população ao redor delas às mais severas condições de insegurança e inclusive com risco de morte, já que não respeitam normas de manutenção e prevenção de acidentes. Imaginem os funcionários que trabalham nessas empresas, ao que estão submetidos para poder ter uma renda e poder sobreviver. Se expõem a riscos constantes.
Tudo faz crer que esse tipo de desastre irá aumentar constantemente, pois o capitalismo está dando sinais claros de profunda exaustão. Não consegue funcionar minimamente e está na hora de ser substituído por outro que atenda minimamente às necessidades do povo.
Por isso é necessário que a classe trabalhadora saia às ruas pelo fim do governo, e que assuma o controle e organização do estado. Só dessa forma o povo poderá ter uma qualidade de vida melhor e poderá avançar o desenvolvimento e o enriquecimento de toda a sociedade. Não para uma minoria apenas, mas para todos em geral. Portanto vamos às ruas já, lutar pela derrubada do golpe e por um governo dos trabalhadores.