Da redação: A apresentadora da Análise Política na TV 247, Dayane Santos, questionou Rui Costa Pimenta sobre o a força real da luta pelo poder político hoje no Brasil, em torno da campanha ”Fora Bolsonaro”, trazendo a tona duvida dos telespectadores se a população aderiu ou não, e ainda mais, como esta luta deve ser travada com todos os ataques parciais do governo golpista. Devemos lutar nos campos individuais ou com uma campanha geral?
Rui explicou que há uma incompreensão da relação que existe entre reivindicações mais parciais e diretamente sobre o poder político, pois muitas pessoas têm a ideia de que a luta pelas reivindicações parciais e só através desse meio que se chega na luta política geral. A experiência histórica não comprovou esse fato. Pelo contrario, as primeiras greves gerais que a classe operária organizou no fim do Século XIX e início do Século XX, quando as greves gerais começaram a se transformar em uma realidade, foram greves pelo direito de voto, diziam respeito ao poder político.
E por que acontece isso? Porque a classe trabalhadora tem consciência disso, se você chama eleições o pessoal vai, e muita gente que não vai em uma greve por aumento do salário, vai nas eleições para mudar os dirigentes, mudar o pais, por que compreende a importância do poder político.
Por exemplo, na época do ”Fora Collor” não havia manifestação por nada em todo país, mas o plano econômico do governo logo depois das eleições, quebrou as pernas do movimento sindical, e o pais estava em uma situação muito delicada, desemprego, que dificultava as mobilizações parciais. Frente a isso, a campanha para derrubar Collor se transformou em uma política geral.
Resumindo, não ha essa relação de que primeiro é preciso reivindicações parciais e depois, em uma espécie de escala uma luta geral. É uma incompreensão geral que esta dominando o movimento vindo das lideranças.
O fim da Ditadura Militar, antes disso, foram greves gigantescas onde a classe operária tinha uma luta geral e não lutas parciais. É um importante ensinamento que os trabalhadores devem utilizar hoje, tanto contra Collor, como contra os militares torturadores.
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