Com um contingente de dois mil trabalhadores entre servidores e terceirizados, os sepultadores, assim como todo o contingente de trabalhadores da saúde, em tese, deveriam ser os primeiros a serem vacinados. No entanto, a realidade para com esses profissionais é totalmente outra.
Um artigo da CUT de ontem (04) relata que o Sindicato dos Servidores Públicos de São Paulo afirma que a prefeitura esconde os dados e que a priorização da vacina para a categoria tem sido discutida no governo e na justiça.
Existe uma luta diária pela vacinação de todos, de forma gratuita, e dos protestos cotidianos contra a morosidade da vacinação nos trabalhadores da saúde em frente aos hospitais e postos de saúde, no entanto, aqueles que têm um contato direto com os corpos, no momento do sepultamento são colocados como os últimos da fila, são os esquecidos, apesar da total vulnerabilidade desses operários.
Conforme o secretário de imprensa e comunicação do Sindsep e diretor executivo da CUT Nacional, João Batista Gomes, o Joãozinho, “a vacina está vindo a conta gotas e se demorar mais para chegar, mais profissionais podem se contaminar e morrer”.
Os profissionais de saúde, apesar da “prioridade”, também estão tendo que ficar na fila de espera, porque os “cientista” Bruno Covas, a exemplo do governo de São Paulo João Doria Junior, que dizia que iria ter vacina para todo mundo em São Paulo, sequer conseguiu até agora com que sequer 1% da população, incluindo os profissionais da saúde fosse vacinada.
Apesar de, no momento, a vacina ser uma ficção, “nesta semana a vigilância sanitária conquistou a prioridade na fila da vacina. O sindicato quer a mesma prioridade na imunização para os sepultadores e o supervisor do Serviço Funerário já encaminhou a solicitação à prefeitura”. Disse Joãozinho
O dirigente do Sindsep disse ainda que “o enterro dos mortos pela Covid-19 já é um risco e isso a gente pode comprovar porque nenhum parente pode acompanhar velório do ente que morreu pela doença, mas temos também as mortes por outros problemas que no enterro as famílias acabam se aglomerando”.
Ocultação de informações
No artigo, é denunciado ainda que não existe qualquer possibilidade de afirmar que são os grupos de risco que estão sendo vacinados, bem como, os profissionais da saúde, pois a prefeitura não divulga os dados de mortos, contaminados, enterros, vacinados e número de trabalhadores infectados.
A médica infectologista, dirigente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp) e da CUT São Paulo, Juliana Salles, disse que os sepultadores são um serviço essencial e que de forma alguma pode deixar de ser prestado. Além disso, a médica alerta para a redução do quadro de pessoal, uma estratégia da prefeitura para privatizar o serviço.
“Em São Paulo há uma redução já prévia do número de servidores pela ausência de concursos e reposição e eles são fundamentais. Os sepultadores têm sobrecarga de trabalho na pandemia e devem ser priorizados, sim. A exposição destes trabalhadores pode aumentar o número de afastados e afetar o serviço essencial”.
Sob controle dos trabalhadores
Não existe solução milagrosa para o povo, existe a luta que deve ser travada contra os governos golpistas do país, a exemplo da prefeitura e do governo de São Paulo, do golpista PSDB, pois todos os planos que divulgaram até agora, são simplesmente para beneficiar, não aos grupos de risco, aos profissionais da saúde, enfim, pelo simples fato de que não existe vacina para que a população seja vacinada.
É preciso denunciar toda essa farsa montada de que a população será vacinada, ou seja, nem os profissionais da saúde, os sepultadores, e toda a população só terá o seu direito à vacina com a mobilização popular, onde Bolsonaro, Doria, Covas, bem como, todos os golpistas sejam denunciados por tamanha hecatombe no País.