Os patrões que, no período da pandemia do coronavírus obtiveram lucros gigantescos, se beneficiaram, principalmente da política fascista de Bolsonaro, que foi e é de deixar os trabalhadores e o conjunto da população explorada morrer de fome e do coronavírus.
Os tubarões da carne e dos frios estão fazendo a mesma coisa com os operários em frigoríficos.
Nesse período, o preço dos produtos de carne triplicaram o seu valor. Os operários, entretanto, amargam um brutal arrocho salarial e são obrigados a se desdobrarem para dar conta da produção, mesmo com as péssimas condições de trabalho que lhes são impostas pelos patrões.
Não é preciso muito esforço para saber qual a situação dos frigoríficos neste ano de 2021, onde todos os produtos como carne de boi, frango e suína, bem como, seus derivados tiveram seus preços elevados, em sua maioria, a patamares acima de 50%, ultrapassando, em determinados casos a 100%.
Pé de frango e osso para uns, bilhões para outros
Enquanto os operários em frigoríficos, bem como o conjunto da população trabalhadora tenta levar para casa pés de frango e outras carnes desprezadas pela maioria da população, pois, com os baixos salários que recebem, sequer dá para comprar esse alimento, os patrões comemoram recordes de vendas e de exportações.
A situação chegou a tal ponto que até osso está sendo vendido nos açougues, inclusive colocam placas avisando que não estão distribuindo o resto do resto desse produto derivado do bovino, em alusão à demagogia da imprensa divulgada recentemente.
Ao mesmo tempo, há exemplos como os da JBS/Friboi, Marfrig que obtêm, em um único trimestre, lucro líquido de R$ 4.4 bilhões e R$ 1.7 bilhões respectivamente, como ocorreu nos meses de maio, junho e julho.
Apesar dessa situação, os patrões que ainda não marcaram nenhuma reunião para discutir a campanha salarial de 2021/2022, mais uma vez, a exemplo de 2020, em relação à campanha salarial dos trabalhadores nas indústrias de carne, derivados e do frio no Estado de São Paulo estão enrolando para discutir as reivindicações desses operários. Há mais de cinco anos ignoram por completo qualquer ganho, apesar do lucro volumoso alcançado nas costas dos trabalhadores.
Diante da total despreocupação com os salários e condições de vida dos trabalhadores, onde as perdas já superam 50%. Um roubo descarado dos salários, os trabalhadores reivindicam:
- Reposição de 100% das perdas;
- Reajuste dos salários toda vez que o custo de vida superar 5%;
- Aumento real de 20% dos salários;
- Piso salarial suficiente para sustentar o trabalhador e sua família, que hoje não poderia ser de menos de R$6.500
- Redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução nos salários;
- Convênio médico gratuito para os trabalhadores e seus familiares;
- Cesta básica de 45 quilogramas;
Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo estão fazendo reuniões nas fábricas com o objetivo de arrancar dos patrões suas reivindicações.