Convocada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal e pela Confederação Nacional dos trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/Cut), realizou-se, no último dia 02 de dezembro, plenária dos ativistas da Caixa (militantes de base, delegados sindicais e cipeiros), com o objetivo de preparar os trabalhadores para a jornada nacional de lutas, que começa neste dia 07 de dezembro. O objetivo é dar uma resposta aos ataques da direção golpista do banco com a sobrecarga de trabalho (consequência da falta de pessoal), assédio moral para o cumprimento de meta de vendas, volta ao trabalho presencial, principalmente para o grupo de risco, contra a política de reestruturação, com o fechamento de agências e dependências bancárias, descomissionamentos e, o principal, contra a privatização, em defesa da Caixa 100% pública.
Além do dia 07, foi marcado para o dia 12 de janeiro 2022, data do aniversário de 161 anos da Caixa, como o Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa e de seus empregados.
A direção do banco está desenvolvendo uma política de sucateamento da empresa, onde já demitiu dezena de milhares de trabalhadores através dos famigerados PDV’s (Plano de Demissão “Voluntária”), fechamento de centenas de agências no país inteiro, reestruturação com a readequação do quadro funcional de diversas dependências obrigando a diversos funcionários serem redirecionados para outras agências em outros municípios, sabe-se lá onde, não havendo vaga no seu local de origem estão sendo obrigados a ir para outras agências, se optarem a ficar, a consequência é a perda automática das suas funções gratificadas, ou seja, um ataque gigantesco aos trabalhadores e à instituição pública com vistas à privatização.
Os funcionários que permanecem no banco, depois de diversos PDV’s, onde foi reduzido o quadro funcional drasticamente, vêm executando o trabalho de três ou mais trabalhadores, política essa que é um dos fatores fundamentais para o aumento do adoecimento dos seus funcionários.
A cada dia que passa, o governo golpista de Bolsonaro acelera os ataques aos trabalhadores, sobre a base de um brutal ataque às já precárias condições de vida dos trabalhadores.
Contra as medidas da direção da empresa, é necessário que as organizações de luta dos bancários preparem uma verdadeira mobilização. A política de “pressionar” os banqueiros e o governo Bolsonaro sem mobilizar os trabalhadores é um beco sem saída. A única medida que os banqueiros entendem é a mobilização nas ruas, através dos seus métodos tradicionais de lutas, greves, ocupações, etc. Os dias de luta organizados pelas entidades dos trabalhadores da Caixa é um importante passo para derrotar a ofensiva reacionária da direita golpista de retirada dos direitos dos trabalhadores e da política de entrega do patrimônio do povo brasileiro para os capitalistas e banqueiros, nacionais e internacionais.