Da redação – A direção da Eletrobras, nomeada pelo golpista Michel Temer (MDB-SP), avança na privatização da estatal com o projeto de entrega e destruição do patrimônio público brasileiro. A última ofensiva anunciada pelo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., aconteceu na semana passada, na segunda-feira (10), com o lançamento de um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) a partir de outubro, antes mesmo do encerramento completo do Plano de Demissão Consensual (PDC) lançado em março deste ano.
Os PDVs vêm em alinhamento com a entrega das distribuidoras aos capitalistas estrangeiros, acontecendo há mais de um ano. Só neste mês, os golpista entregaram quatro de suas companhias por míseros R$ 50 mil reais cada: a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), a Boa Vista Energia (Roraima) e a Companhia Energética do Piauí (Cepisa). As três primeiras foram entregues no dia 30 de agosto e a última já havia sido vendida em 27 de julho deste ano.
Ainda sobre os PDVs, junto aos programas de aposentadoria já demitiram mais de três mil trabalhadores da estatal e o objetivo da reabertura do plano de demissões é que mais 2,4 mil trabalhadores sejam enviados direto para o “olho da rua”. Esse é o reflexo da política neoliberal do imperialismo.
“As pessoas que aderiram ao PDC ainda nem se desligaram completamente da empresa e a direção já quer colocar em prática outro programa para sucatear ainda mais as condições de trabalho e colocar em risco a segurança dos trabalhadores e até mesmo do setor elétrico brasileiro”, denunciou Igor Henrique, dirigente do Sinergia Campinas e trabalhador de Furnas.
Para barrar toda essa entrega dos patrimônios nacionais, na forma de empresas estatais gigantescas, bens naturais, minerais, que deveriam gerar riqueza aos trabalhadores, é preciso que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) utilize sua grande estrutura para parar a produção e derrotar o golpe.