O ilegítimo presidente Jair Bolsonaro segue tripudiando das necessidades dos trabalhadores brasileiros. Em uma decisão de bastidores não anunciada oficialmente ainda e que ignora as lideranças sindicais, apresentará a proposta de 5% de reposição salarial aos servidores públicos a partir de julho .
A rejeição aos 5% é unânime em todas as categorias, desde o judiciário até os servidores da educação, lembrando que este índice se aprovado tem efeito sobre as esferas federal, estadual e municipal. São 12 milhões de servidores que estão em sua maioria há 5 anos sem reajuste salarial. O aumento proposto nem de longe contempla a reivindicação modesta de 19.99% de reposição salarial por perda inflacionária relativa ao período posterior a 2019.
Diversas categorias no momento se mobilizam por reposição salarial e as greves se espalham pelo país à medida em que a inflação deteriora os salários dos trabalhadores.
Em matéria publicada pela CUT Brasil, no dia 14 de abril, Thiago Gonçalves dirigente da FENAJUFE diz que “O salário dos servidores está desvalorizando ano a ano com o aumento da inflação, que está entre os maiores índices do século 21, comparável aos períodos 2002/2003 e 2015/2016. Com os gastos básicos subindo e o salário derretendo, as condições de vida dos servidores estão piorando, junto com a insegurança para exercer as atividades durante a pandemia e as ameaças das ‘granadas’ de um governo que classifica quem trabalha no setor público como inimigo”
A matéria traz também a fala do coordenador geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), David Lobão, que destaca a insuficiência dos 5%, já que a inflação acumulada no governo Bolsonaro ultrapassa em muito a casa dos 20%, quatro vezes mais que a proposta. “5% de reposição de perda? A inflação dos três primeiros meses de 2022 já chega a 3,2%. Vamos chegar a 5% em quatro meses. Depois de cinco anos de congelamento, é justo que o trabalhador aceite de bom grado 5%?
Lobão diz ainda que é necessário que o governo apresente formalmente esta proposta mesmo que “ridícula” para as categorias para que possa ser deliberado nas bases sobre o encaminhamento da mobilização.
Diante da crescente insatisfação e mobilização dos servidores, é preciso uma unificação dos movimentos grevistas para que seja efetiva a pressão sobre o governo federal. Movimentos esparsos e de cunho esporádico não terão resultados sobre este governo que há muito demostra total indiferença com as necessidades da população.
Rechaçar de forma irredutível a esmola dos 5%, tomar as ruas e paralisar totalmente as atividades é o único caminho possível para a vitória.