As investidas do Santander contra os trabalhadores aumentam a cada dia. Desta vez, é a política de terceirização na sua área de tecnologia, em que o banco banco do imperialismo espanhol no Brasil pretende terceirizar por completo, o que irá ocasionar o rebaixamento salarial e perda de direitos dos funcionários.
“O banco anunciou mudança na área, alocando os trabalhadores em uma nova empresa do seu grupo econômico chamada F1RST, que também receberá os funcionários da STI, a partir de 1º de janeiro de 2022. O trabalhador continuará exercendo as mesmas funções. Entretanto, se for bancário terá alterada a sua representação sindical, sendo excluído da categoria bancária e da abrangência de sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), resultando na redução da remuneração total e corte de inúmeros direitos”. (site Sindicato dos Bancários de SP, 31/08/2021)
O Santander lucrou, apenas no primeiro semestre de 2021 e, em plena crise econômica, agravada pela pandemia do coronavírus, mais de R$ 8 bi e, mais uma vez, bate recorde de lucro. Dados divulgados pela empresa mostram que o banco obteve um lucro gerencial no 2º trimestre de R$ 4,171 bilhões, valor 98,4% acima frente igual período do ano anterior e com alta 5,4% ante os primeiros três meses do ano.
Os dados revelam que o Brasil é um verdadeiro paraíso para os banqueiros, mesmo em tempos de uma verdadeira hecatombe econômica, devido a pandemia, com a retração econômica com a queda do PIB nacional em mais de 4% em 2020, o Santander vem ano após ano batendo recorde de lucro no Brasil.
Enquanto os banqueiros do Santander lucram bilhões, os seus funcionários amargam arrocho salarial e demissão em massa e a população paga taxa de juros extorsivos e cobrança de tarifas de serviços nas alturas.
A política de reestruturação por qual passa o banco, uma das formas de aumentar os seus lucros, já jogou no olho da rua mais de 2,3 mil trabalhadores através do fechamento de postos de trabalho, consequência do fechamento de 140 agências e 91 postos de atendimento bancário! Isso sem falar do rodízio de funcionários, política tradicional dos banqueiros, em que se demite funcionários mais antigos, que recebem salários um pouco maiores, para novos funcionários ganhando bem menos.
Enquanto o lucro dos bancos se dá em grande medida graças à política econômica do governo ilegítimo Bolsonaro, voltada para atender aos interesses dos banqueiros – estes que são os maiores parasitas sociais – os trabalhadores dos bancos encontram-se numa situação de verdadeiro desespero financeiro através do arrocho salarial, demissões e terceirização.
A precarização nos direitos dos trabalhadores, conquistados através de muitas lutas, versus o lucro do Santander revela, mais uma vez, que os trabalhadores bancários, não devem ter nenhuma ilusão nos banqueiros, para eles o que interessa é somente a busca pelo lucro a qualquer preço.