Como em vários outros setores do transporte no país, os trabalhadores da empresa de ônibus São José, do município de Franca, entraram em greve dia 19/06, Sábado, por conta da situação atual da crise.
O principal motivo para a paralisação é a falta de pagamento dos salários. Esse problema existe desde o início do mês, 5 de junho, de acordo com o sindicato dos trabalhadores da categoria, sindicato dos rodoviários. A imprensa, a serviço da burguesia, reforça seus velhos argumentos sempre tentando deslegitimar a luta: “Em torno de 20 mil passageiros são prejudicados”, um desrespeito aos usuários e à ordem pública (blá, blá, blá).
A empresa São Jose foi fundada em 1957 por Domingos Delfilpo e o nome da instituição é uma alusão ao Patrono da Igreja Católica, ao longo dos anos a empresa passou nas mãos de vários proprietários, hoje é parte do Grupo Belarmino, sob a forma de concessão dada pelo município. A concessionária hoje conta com quase 400 funcionários e possui uma frota de aproximadamente 100 ônibus. Vale ressaltar que o Grupo Belarmino a nível nacional tem 20.000 funcionários e mais de 4.000 ônibus.
A empresa concessionária “São José” deixou de fazer o pagamento, segundo ela, por causa do Lockdown de duas semanas na cidade de Franca, por conta da pandemia, e que por isso ficou sem receita no período. Aí está a prova da falácia das terceirizações e privatizações, as empresas que vivem do lucro e que se sustentam nas costas do trabalhador não conseguem, aparentemente, se sustentar em um momento de crise, sem levarmos em conta que o trabalhador desse setor é um dos mais expostos à contaminação pelo COVID-19 e as empresas do ramo já voltaram praticamente à normalidade.
Por esses motivos o Diário da Causa Operária e o PCO sempre defenderam que as empresas sejam estatizadas e controladas pelos conselhos dos trabalhadores e os custos sejam arcados não só pelos trabalhadores, mas acima de tudo pelo Estado, sem empregadores empresariais. Nesse momento defendemos de maneira imediata, a redução da jornada de trabalho e também que as greves da categoria tenham um caráter político de chamada pelo Fora Bolsonaro, grevistas precisam acompanhar as manifestações de rua contra o governo genocida.