A política de reestruturação implementada pelos banqueiros vem intensificando o ataque aos trabalhadores bancários de forma impressionante.
Fechamento de centenas de agências, postos e escritórios em todo o território nacional, demissão em massa (somente no ano passado foram demitidos, pelos banqueiros, cerca de 35 mil trabalhadores) são algumas das consequências da política dos banqueiros golpistas com o objetivo de obter lucro para meia dúzia de parasitas, a qualquer preço.
Para isso, os patrões massacram os seus funcionários, como forma de pressão, para que os mesmos se submetam à política desses ataques.
É o que vem acontecendo aos trabalhadores no setor que fica no Ceic, lotados na Superintendência de Planejamento de Qualidade do banco Itaú/Unibanco.
Os bancários daquela dependência não sabem ao certo do que se trata, mas tudo indica que, devido à reestruturação pela qual passa o banco, o setor encerrará as suas atividades e o banco está provocando um verdadeiro terrorismo para que os funcionários, lotados naquela dependência, ou peçam as contas ou mudem imediatamente de setor.
Segundo informação dos Sindicato dos Bancários de São Paulo, “além de demissões, vários funcionários têm recebido ligações em que são solicitados a ligarem a câmera, e após isso o gestor dá um prazo de somente 10 dias para que eles consigam se realocar no banco”, e mais, “muitos dos bancários reclamam que tiveram ótimas avaliações no eixo X e eixo Y, que é a forma que o banco utiliza para avaliar os trabalhadores, e mesmo assim ou foram demitidos ou pressionados a acharem nova colocação no banco”.
As ameaças aos postos de trabalho da categoria bancária são constantes, parte da política dos banqueiros pela obtenção de extraordinário lucro às custas da miséria dos trabalhadores. O banco acaba de divulgar um extraordinário lucro no 1º semestre de 2021, no valor de R$ 12,941 bilhões, alta de 59,4% em relação ao mesmo período do ano passado e, tudo isso, em pleno agravamento da crise devido à pandemia do coronavírus.
Todo esse lucro só é possível devido à espoliação sem limites dos trabalhadores e da população em geral. As organizações dos trabalhadores bancários devem chamar, imediatamente, uma mobilização, de toda a categoria bancária, para barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos, onde o bancário vem, nos últimos anos, perdendo, em série, seus direitos, conquistados ao longo de mais de um século de lutas.