Funcionários administrativos e professores do ensino superior de São Paulo consideram entrar em greve a partir do dia 5 de setembro caso as instituições de ensino não apresentem uma proposta de recuperação de defasagem salarial e de condições de trabalho que se adequem ao ensino remoto.
A decisão foi tomada em Assembleia da categoria no dia 17 de agosto. Segundo a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), as negociações para o reajuste começaram em março e ainda não tiveram resultado, uma vez que os representantes das mantenedoras não reconhecem o impacto do aumento da inflação nos salários, recusam fazer qualquer tipo de reajuste e a discutir as mudanças necessárias para a implementação do ensino remoto.
A greve deveria ser deflagrada já, considerando a quantia de tempo a qual a categoria tenta conversar com os responsáveis. Não é novidade para ninguém que a situação inflacionária no Brasil é péssima, sendo a falta de reajuste um absurdo. Além disso, é importante reforçar que o ensino remoto já é algo ruim para o aprendizado, mas esse consegue ficar ainda pior quando não existem condições de realizá-lo.
É preciso aprovar a greve geral da categoria imediatamente, assim como a dos professores do ensino médio e fundamental, que constantemente sofrem na mão do Estado, ainda mais em São Paulo, estado reconhecido no Brasil inteiro pela sua brutalidade para com os professores.