Conforme denunciado pelas entidades de luta dos trabalhadores da Petrobras, Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), os operários da Plataforma P-52, localizada na Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro, apresenta um surto de Covid-19 e, para “proteger” os trabalhadores, a direção golpista da Petrobras determina que os mesmos devem dormir na área externa do casario da plataforma.
Além disso, os dirigentes sindicais denunciam que a situação não é um caso isolado, e que outras unidades, tanto no Rio de Janeiro, quanto no Espirito Santo, apresentam trabalhadores infectados que permanecem a bordo, e os embarques e desembarques dos operários permanecem na mesma rotina, como se tudo estivesse em plena normalidade.
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Os últimos dados, da contaminação na estatal, não deixam um pingo de dúvida em relação à política da direção da empresa, contra os trabalhadores e da população em geral: o lucro a qualquer custo.
Dados atualizados mostram que na Transpetro, subsidiária da Petrobras, foram confirmados 257 casos de Covid-19, resultado da expansão da variante Ômicron, no mês de janeiro, esses números somam-se a mais de 1,5 mil infectados na Petrobrás, entre os trabalhadores próprios, e cerca de 3 mil de trabalhadores terceirizados.
Esses números, não são uma novidade na empresa. Desde o começo da pandemia, a direção não ofereceu as mínimas condições de proteção sanitária aos seus funcionários e, tudo isso para satisfazer os interesses de meia dúzia de capitalistas, que lucram com as ações da petroleira nas bolsas de valores, brasileira e de Nova York. Os sindicatos da categoria, conjuntamente com a FUP, desde 2020, propõem um conjunto de proposta como medidas para a redução nos riscos de contaminação, tais como, garantia de testes e de máscaras de qualidade, fim da quarentena de pré-embarque nos hotéis, escala que mantenha em 14 dias o embarque, etc., mas a empresa sempre deu as costas para as reinvindicações e, o resultado são dezenas de milhares de trabalhadores infectados, com um grande número de mortos, sabe-se lá quantos, já que os números de óbitos na categoria são guardados a sete chaves pela direção da empresa. A política de descaso da direção da Petrobrás não recai somente entre os trabalhadores; há dados, que não são computados, em relação à população das cidades onde os petroleiros são desembarcados, contribuindo com a contaminação nessas localidades.
Diante dessa gravíssima situação é necessário, por parte das direções sindicais, organizar, imediatamente, uma gigantesca mobilização de toda a categoria, através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora (greves, ocupações), contra a política genocida da empresa. Pelo imediato cumprimento rigoroso das escalas, turnos e jornadas em todas as unidades, em terra e mar, de todas as medidas sanitárias, como testes, máscara de qualidades, que devem ser trocadas a cada 4 horas de uso, dentre outras medidas de segurança. Somente uma luta efetiva dos trabalhadores pode barrar a ofensiva reacionária da direita golpista da direção da Petrobras, a mando do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro.