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Liquidação e demissão em massa

Petrobras aproveita crise e desmonta empresa

Contra as demissões e o risco social e sanitário que correm os petroleiros, é preciso tomar o controle da produção e estatizar a empresa, antes que não haja mais estatal

Em carta ao sindicato dos petroleiros, a direção golpista da Petrobras informou que hibernará 6 plataformas de produção de petróleo em 5 campos na Bacia de Campos. Em uma nova ofensiva contra os petroleiros, o governo golpista se aproveita da crise econômica e sanitária para atacar os petroleiros e liquidar de vez a principal estatal brasileira.

Ontem mesmo denunciamos aqui no Diário da Causa Operária Online (DCO) os programas de demissão em massa lançados pela Petrobras, que afetarão cerca de 4 mil trabalhadores. A hibernação das unidades – justificada sob a bandeira da redução de custos diante da crise do setor do petróleo – é mais uma iniciativa que faz parte do programa do governo golpista para destruir a empresa e abrir caminho para que as multinacionais estrangeiras se apropriem da riqueza do povo brasileiro.

Acompanhe parte do cinismo da direção entreguista da estatal expresso na carta enviada ao sindicato:

“O cenário de incerteza é tamanho que precisamos ir além e tomar medidas preventivas para redução de desembolso e preservação do nosso caixa, a fim de reforçar a solidez financeira e a resiliência dos nossos negócios… Essas medidas incluem parada de algumas unidades de produção, postergação e redução de gastos com pessoal e dividendos, entre outras.”

Os banqueiros e grandes capitalistas, neste momento de crise total, estão se desfazendo dos seus ativos e reduzindo o tamanho das suas empresas para sobreviver à crise? Entregar as principais fontes de receita de um negócio não é uma forma de sobreviver à crise, mas de garantir que após a crise a empresa não voltará a operar.

Para disfarçar o óbvio, a empresa afirma que:

“Tais plataformas e campos operam com custo de produção mais elevado. No caso das plataformas, em virtude da queda dos preços do petróleo, passaram a ter fluxo de caixa negativo.”

O mesmo discurso empregado pela empresa no caso recente da destruição da Fafen-PR, onde a direção fechou a fábrica e demitiu cerca de mil petroleiros, omitindo que a unidade só passou a dar prejuízo devido à política de preços dos governo golpista, que passou a indexar os preços da cadeia produtiva da Petrobras ao dólar, fazendo explodir o custo de produção artificialmente, uma espécie de auto golpe na própria cadeia produtiva, que abriu caminho para a importação de produtos que a própria estatal produz

Um exemplo é o que tem ocorrido com o gás de cozinha (GLP). Desde o golpe de Estado as instalações do Sistema Petrobras tem operado abaixo da sua capacidade, desperdiçando, em abril, segundo dados que constam no próprio sítio eletrônico da Petrobras, a empresa importou 350 mil toneladas, 27,4 milhões de botijões de 13 kg.

Ainda segundo a matéria da empresa:

“A diminuição da demanda dos demais combustíveis fez com que o processamento das refinarias fosse reduzido. No caso do GLP, a queda da produção continuará a ser compensada pelas importações do produto.”

Ou seja, a direção destrói setores inteiros dentro do Sistema Petrobras, diminui ou acaba com a produção nacional e passa a importar o mesmo produto por um valor muito mais alto, para dar dinheiro para empresas estrangeiras.

Petrobras e coronavírus

Em tempos de crise, os golpistas no comando da Petrobras não estão apenas atacando os trabalhadores economicamente, mas sim expondo-os ao risco do coronavírus. A subnotificação dos casos da doença entre os trabalhadores efetivos e terceirizados no Sistema Petrobrás cresce a cada semana. Os trabalhadores não estão sendo testados, como denunciam os sindicatos desde o início da pandemia. Num momento de risco elevado, a empresa continua ignorando as condições precárias dos petroleiros e mais ainda dos terceirizados, cuja exposição à contaminação pelo coronavírus é muito maior.

Segundo dados oficiais da empresa, 5.500 trabalhadores efetivos estão em regime de teletrabalho, o equivalente a cerca de 10% dos atuais efetivos da empresa. Gestores que integram informaram que os índices de ocupação das unidades estão hoje em torno de 12% nos prédios administrativos, 57% nas plataformas e 58% nas refinarias. Ou seja, a quarentena na empresa é uma farsa total.

Por isso, contra o desmonte da empresa, as demissões em massa e o risco de se infectar trabalhando, contra a morte por fome e por doença, é necessária uma grande mobilização dos trabalhadores, que barre as demissões e o enorme risco social e sanitário que corre à categoria. É preciso, mais do que nunca, que os petroleiros tomem o controle da produção e coloquem a empresa no rumo da estatização, antes que não haja mais estatal.

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