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Sem direito à saúde

Patrões dos Correios ameaçam e colocam trabalhadores em risco

Empresa não quer disponibilizar máscaras e luvas e pressiona trabalhadores afastados a voltarem aos locais de trabalho

Em meio à pandemia do coronavírus, a direção golpista da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), presidida pelo general Floriano Peixoto, mostra que segue as deliberações do governo Bolsonaro: atacar os trabalhadores.

Além de ter mantido os funcionários dos Correios trabalhando durante a pandemia, correu, logo no início da crise, ao STF para pedir que a atividade dos Correios fosse considerada serviço essencial e portanto que a categoria fosse proibida de fazer greves.

Agora, os trabalhadores que estão correndo riscos diários, enfrentando condições de trabalho que por si só são arriscadas, estão sendo pressionados ainda mais pela empresa. Cada vez que a pandemia se torna mais claramente perigosa, o número de infectados e mortos aumenta, a empresa aperta o cerco contra os funcionários.

Há pressão para que os trabalhadores não se afastem mesmo sendo parte do grupo de risco. Aqueles que foram afastados perderam o adicional e o fim de semana.

Para piorar, a direção da empresa publicou o boletim interno “Primeira Hora” afirmando que o trabalhador não tem direito a máscaras e luvas. A justificativa totalmente fajuta é a de que o Ministério da Saúde indica esse equipamento de segurança apenas para profisssionais da saúde.

Portanto, aqueles trabalhadores que, corretamente, se recusarem a trabalhar por falta desses materiais serão obrigados a assinarem um termo se responsabilizando pela decisão e se submetendo a possíveis processos administrativos e descontos salariais. Muitos trabalhadores, por conta dessa pressão, estão decidindo retornar ao trabalho, mesmo estando no grupo de risco.

Nessa quinta-feira, a direção da empresa aumentou a pressão sobre os trabalhadores e está convocando todos os que estão trabalhando em casa para voltarem aos setores. Trata-se de companheiros que estavam afastados sem ser do grupo de risco, como pais que precisam cuidar dos filhos que estão sem aulas por conta da pandemia.

Mas a coisa pode ficar ainda mais absurda. Os trabalhadores que se declararem fazer parte do grupo de risco por conta de doenças preexistentes como diabetes, asma, problemas renais etc estão sujeitos a terem que provar isso para o médico da empresa, correndo o risco de sofrerem um processo administrativo.

O mais chocante de tudo é que a mesma situação vale para aqueles que eventualmente fiquem afastados por conta do coronavírus. Se o trabalhador estiver com suspeita da doença e obedecer a quarentena de 14 dias indicada pelo próprio Ministério da Saúde terá que, no retorno ao trabalho, provar que realmente estava com a doença. O problema é: como provar que é coronavírus se sequer existem testes?

A direção da ECT, em nome do que ela mesma chama no seu boletim interno de e-commerce, está tratando seus funcionários como verdadeiros escravos, sem direito sequer a ter sua saúde preservada. Isso tudo para manter a economia circulando, que significa dizer que os trabalhadores precisam arriscar suas vidas para garantir que as compras online da classe média e da burguesia continuem funcionando.

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