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Derrotar a chantagem

Parar a CSN para barrar o roubo dos salários e as demissões

Os "barões" Steinbruch, se recusam a repor até mesmo a a inflação nos salários dos trabalhadores e ainda ameaçam com 3 mil demissões

É preciso parar as máquinas para arrancar nossas reivindicações

Em mais uma tentativa de ludibriar os trabalhadores, a diretoria da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), sob o controle do bilionário Benjamin Steinbruch, apresentou para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense colocar em votação junto aos quase 10 mil trabalhadores da empresa,mais uma proposta miserável, a terceira em dois meses, para um acordo coletivo da categoria, que tem data-base em 1º de maio.

Lucro de banco…

Depois garantir um lucro gigantesco de R$13,6 bilhões no ano passado – um dos maiores dentre todas as empresas do País – a direção da CSN apresentou um proposta tão miserável que sequer repõe a inflação oficial dos últimos dois anos, desde o último acordo coletivo, e nem mesmo devolve a inflação real dos últimos doze meses. Isso quando todos sabem que a alta do custo de vida do trabalhador foi gigantesca, com a disparada dos preços dos alimentos e dos combustíveis, puxando a alta geral dos

Com o apoio da diretoria pelega do Sindicato dos Metalúrgicos, ligada à Força Sindical, os tubarões da CSN fizeram os trabalhadores se esfolarem durante a pandemia, quando a produção nunca parou de crescer e, agora, querem retribuir com um novo golpe nos operários.

… salário de fome

A CSN que além da Usina Presidente Vargas (Volta Redonda/RJ) tem minas de carvão (Congonhas/MG), Porto (Itaguaí/RJ) e outras instalações pelo Pais afora, paga um dos salários mais miseráveis do País, com piso salarial inferior a R$1.500, pouco mais do que um mísero salário mínimo de fome.

Há dois meses os trabalhadores das unidades de MG e RJ, iniciaram uma mobilização – incluindo paralisações, assembleias e passeatas – para exigir o atendimento de reivindicações básicas como a reposição das perdas salariais dos últimos anos (com 30% de reajuste), o pagamento da PPR (“participação nos resultados”) de R$10 mil para todos, o que totalizaria cerca de 25% do gigantesco lucro de 2021, dentre outras reivindicações que dizem respeito a por fim ao verdadeiro regime de escravidão que os abutres que ganharam a CSN de presente com a privatização no governo FHC, intensificaram na empresa, demitindo cerca de 20 mil trabalhadores (cerca de 50% do total), aumentando a jornada de trabalho (acabando com o turno de 6 horas) e impondo o banco de horas e atuando o plano de saúde dos trabalhadores.

Diante da mobilização, a direção da CSN demitiu mais de 200 trabalhadores, incluindo membros da comissão eleita para negociar com os patrões e já tinha apresentado duas propostas de acordo, que foram rejeitadas em votações organizadas pelo Sindicato, com mais de 95% de votos contrários.

No último dia 27, a terceira proposta foi submetida à nova apreciação dos trabalhadores.

A direção da CSN pediu que os trabalhadores endossassem o próprio roubo dos salários, aprovando um reajuste máximo de apenas 12% para os salários mais baixo de R$5mil, conforme tabela abaixo, divulgada pela empresa:

A diretoria do Sindicato, que atua como mero departamento da empresa, não fez – como de costume – qualquer campanha contra a proposta.

A empresa buscou tirar proveito da situação de fome a que submete milhares de operários, diante da alta de quase 50% nos preços dos alimentos nos últimos dois anos, o que reconhece – parcialmente – quando propõe alta de 25% no valor do cartão alimentação. Quer, de fato, forçar que o operário a trabalhar em troca de um prato de comida. Não quer ceder em nada, quer matar os opeários de tanto trabalhar.

Trabalhadores reagem à pressão e chantagem

A empresa usou de chefes e supervisores para pressionar pela aprovação do acordo.

Mesmo com a pressão sobre o trabalhador e da campanha dos chefes na CSN, a votação teve 4039 trabalhadores votando “NÃO” (63%), contra 2385 “SIM” (37%).

Uma parte dos trabalhadores se sentiu pressionada e, naturalmente, desconfiada de que as coisas não possam mudar, por conta das manobras que paralisaram a luta da categoria. Além da já tradicional traição da diretoria do Sindicato (da Força Sindical), a categoria enfrenta o golpe dos que buscam tirar proveito do sofrimento da categoria para tirar proveito eleitoral e buscam vender a ilusão de que as coisas vão ser resolvidas na justiça, sem luta, como no caso da (Conlutas/PSTU-CTB/PCdoB), que acabam ajudando os patrões da CSN. Depois do estouro da mobilização, em abril passado, esses setores foram contra uma greve total na CSN, sob as mais variadas alegações, como a de que uma “greve ilegal”, por fora do Sindicato, poderia provocar demissões. O resultado é que quebraram a luta ca categoria e os patrões demitiram mais de 200 trabalhadores.

Toda essa situação é insustentável para os trabalhadores. E a maioria dos operários mostrou na votação que compreendem que se cederem à pressão da CSN a coisa vai ficar ainda pior, diante da inflação que tende a cresce ainda mais nos próximos meses.

E a CSN ainda que tirar ainda mais. Em matéria do Jornal Diário do Vale (28/5), após a rejeição da sua proposta miserável pelos trabalhadores, a direção da CSN anunciou que entregou ao sindicato uma proposta ameaçando com 3 mil demissões.

E ainda que tirar ainda mais.

O “barão Steinbruch” faz aberta chantagem, depois da CSN embolsar mais de R$18 bilhões de lucros em dois anos e ameaça que se os trabalhadores, propondo “a suspensão do pagamento do adicional de 70% do abono de férias”, segundo o jornal. Os escravocratas querem mais:

  • “a manutenção do banco de horas para os empregados de Volta Redonda e Porto Real”;
  • suspender “o adicional de horas extras e hora noturna, acima do previsto pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho);
  • interromper o pagamento do abono residual de hora noturna e
  • suspender o abono pecuniário.

Se depender dos patrões da CSN eles revogam até a Lei Áurea e tornam legal a volta da escravidão.

Segundo o que foi divulgado pelo jornal, eles querem também:

  • aumentar o fator moderador do plano de saúde e odontológico para 25% e que todos os empregados sejam enquadrados no plano básico;
  • os funcionários passariam a pagar 10% do cartão alimentação e
  • aumentaria para R$1 a cobrança nas refeições.

Greve total para derrotar os patrões

Diante da luta travada pelos trabalhadores desde o começo de Abril, das demissões e da inflação crescente que corrói o poder de compra dos trabalhadores, eles se encontram diante de uma situação em que não podem recuar. A mobilização que foi contida, precisa ser retomada e ampliada.

É hora de avançar na luta, unir todos os trabalhadores, de todas as unidades da CSN e do restante da categoria metalúrgica, exigindo que o Sindicato convoque uma assembleia geral para decretar a greve geral da categoria.

A Corrente Luta Metalúrgica (PCO e simpatizantes) chamou a unidade para derrotar o golpe dos patrões. E está defendendo a greve unificada de todos os setoresde todas as empresas que pertencem à CSN e de toda a categoria metalúrgica do Sul Fluminense.

Os patrões só negociam com máquinas paradas e braços cruzados. Para acabar com a enrolação da empresa e impedir o golpe da diretoria do Sindicato (que tem eleições no próximo mês), é preciso hora de parar tudo! Greve Total! pelo atendimento das reivindicações aprovadas pelos trabalhadores em assembléia como a reintegração de todos os Demitidos, a reposição Salarial de 30% , o pagamento da PPR de R$ 10.000, para todos, a volta do Plano de Saúde Nacional, pago pela empresa, o fim do Banco de Horas, volta do turno de 6 horas, sem redução dos salários e o pagamento de cartão Alimentação – R$ 1.000.

O maior exemplo de solidariedade de luta e de classe dos operários da nossa categoria foi dado na greve de 88, que conquistou a reintegração de todos os demitidos.

Unidade dos trabalhadores.

Parar tudo pela conquista de nossas reivindicações.

Greve geral com Ocupação!  Até a Vitória!.

* Reintegração de todos os Demitidos * Nenhuma demissão, estabilidade no emprego para todos * Reposição Salarial de 30% * PPR/PLR. de R$ 10.000, para todos * Plano de Saúde Nacional, pago pela empresa * Fim do Banco de Horas * Volta do turno de 6 horas, sem redução dos salários * Cartão Alimentação – R$ 1.000

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