Todas as medidas do governo golpista que estão sendo impostas contra os trabalhadores nos bancos estatais, como a diminuição de postos de trabalho através das demissões via PDVs, fechamento de agências, descomissionamentos etc. fazem parte de uma política que visa a transferência do patrimônio dos trabalhadores e da população, através das privatizações, para o bolso de um punhado de capitalistas.
As reestruturações que estão em cursos nesses bancos têm por objetivo enxugar o quadro funcional da empresa preparando para a privatização. Foi o que aconteceu na Caixa Federal em que mais de 10 mil trabalhadores daquela instituição perderam os seus empregos no último período. A mesma medida também foi adotada no Banco do Brasil, onde mais de 9 mil bancários foram demitidos com o fechamento de mais de 400 agências e a transformação de 380 agências em postos de atendimento o que levou, também, uma avalanche de descomissionamentos, com a perda significativa dos salários. O mesmo processo vem ocorrendo em todos os bancos públicos: Basa, BNB, Banco de Brasília etc.
Os ataques às empresas estatais fazem parte de um dos fundamentos do golpe de Estado, é a entrega do patrimônio nacional. O interesse da direita é justamente atacar os direitos e conquistas dos trabalhadores para beneficiar meia dúzia de banqueiros e capitalistas numa atual situação de crise terminal do capitalismo, e se utiliza do artifício de expropriar a classe trabalhadora em benefício próprio.
Os banco públicos exercem uma importante função social decorrente, por exemplo, do financiamento imobiliário, saneamento básico, infraestrutura, agricultura familiar etc., com taxas abaixo do mercado para a população. Os banqueiros querem colocar as mãos nesses recursos dos trabalhadores para satisfazer, única e exclusivamente, os seus apetites.
É necessário barrar esta ofensiva e a única forma para isso é levantar uma ampla mobilização que unifique os bancários e todos os trabalhadores das empresas estatais contra a ofensiva reacionária da direita golpista.
A direita utilizou o golpe de Estado para impor a política de ataque à população e aos trabalhadores para favorecer um punhado de parasitas capitalistas. Cabe à classe trabalhadora e à população em geral, mais do que nunca, travar uma luta geral, unificada, para barrar os ataques dos patrões e dos seus governos.
A categoria bancária está em campanha salarial e esse é o momento de reagir. As direções do movimento bancário devem organizar, imediatamente, toda a categoria bancária para que arranque dos patrões as suas reivindicações, dentre elas: a luta contra as privatizações dos bancos públicos e pela estatização do sistema financeiro sobe o controle dos trabalhadores.