Em resposta à determinação dos banqueiros do Itaú/Unibanco em demitir cerca de 200 trabalhadores, através das famigeradas reestruturações, cujo o objetivo é aumentar, ainda mais, a exploração dos trabalhadores, os bancários do Itaú realizaram manifestações no último dia 14 de julho.
As manifestações de rua dos trabalhadores é a única forma pela qual os patrões podem ser dobrados contra a política de miséria na qual os bancários estão submetidos. A ofensiva dos banqueiros contra a categoria é gigantesca, principalmente depois que foi aprovada a Lei da Terceirização, logo em seguida ao golpe de Estado na farsa do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em que o golpista Michel Temer e o reacionário Congresso Nacional aprovou tal lei.
Essa política de demissões está sendo aplicada tanto nos bancos privados quanto nos bancos públicos, que estão na mira das privatizações.
Os dados de demissões na categoria bancária são impressionantes: somente no período da pandemia, os maiores bancos no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) encerraram 15,4 mil postos de trabalho, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Além de fechar cerca de 2.200 agências bancárias em todo o território nacional.
Um dos mais graves problemas da categoria bancária são as demissões. As principais alegações dos banqueiros são “aumento dos canais digitais de pagamento” e a “locação de mão de obra terceirizada”. Além disso, há a rotatividade de mão de obra: 80% dos funcionários do Itaú/Unibanco e do Bradesco não chegam a permanecer mais do que três anos no trabalho, quando esses bancos substituem os funcionários mais antigos, que percebem um vencimento um pouco maior, por novos trabalhadores com salários menores.
A categoria bancária se encontra, nesse exato momento, em campanha salarial, sendo uma das pautas mais importantes, aprovada no Congresso da categoria, a questão da estabilidade no emprego. Nesse sentido, é necessário erguer uma vigorosa campanha por essa reivindicação.
O direito ao trabalho é o único que verdadeiramente pode-se reivindicar do capitalismo. Ou seja, que a classe dominante, a burguesia, alimente os “escravos” do seu sistema de exploração. Por isso, somente a mobilização de toda a categoria, através dos seus tradicionais métodos de lutas, podem barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos que jogam, todos os anos, na rua da amargura milhares de trabalhadores.