Os banqueiros golpistas lucraram R$62 bilhões, apenas no primeiro semestre deste ano, às custas da miséria dos trabalhadores e de toda a população.
Somente no ano de 2020, os banqueiros fecharam 2.080 agências bancárias em todo o País, o que teve, como uma das suas principais consequências, além do fechamento de 9 mil postos de trabalho, ou seja, a demissão de milhares de pais de famílias, a redução de postos de atendimento bancário em mais 89 municípios.
Com o fechamento de mais esse contingente de agências, dos 5.568 municípios brasileiros, apenas 2.338 deles são atendidos pelos bancos.
A atividade bancária, que deveria ter uma função pública de interesse de toda a população, é tratada pelos governos de plantão dos capitalistas como um instrumento de enriquecimento de meia dúzia de parasitas que vivem às custas de sugar o sangue dos trabalhadores e de toda a população. Tanto é assim que é a população mais pobre que sofre com a política de enxugamento das agências bancárias no País afora. A população em municípios sem estrutura bancária, é obrigada a ir em outras cidades para, por exemplo, sacar a aposentadoria, ou mesmo, no atual momento de pandemia, ter que se deslocar quilômetros de distância para receber o auxílio emergencial, ou outros benefícios. Em alguns municípios do Amazonas e em populações ribeirinhas, é uma verdadeira peregrinação. Por vezes, as pessoas demoram cinco dias para chegar à cidade mais próxima que possui um caixa eletrônico, e pode acontecer de não ter mais dinheiro, pois se trata de apenas um terminal para atender muitos outros municípios.
Os banqueiros, para se justificar sua política, estão utilizando a desculpa, esfarrapada da concorrência com fintechs, pressões regulatórias e a transformação em agências digitais. Além disso alegam, conforme a Federação dos Bancos (Febraban), que a decisão de abrir ou fechar um posto de atendimento é tomada pelos bancos individuais com base na estratégia de negócios e que os bancos estão se adequando suas estruturas à “nova realidade do mercado”. Ou seja, traduzindo para o português: para que mantenhamos nos nossos lucros que se lasque a população e os trabalhadores.
Contra essa política de terra arrasada dos banqueiros e seus governos à população e os trabalhadores, que vem sofrendo com as demissões e a precarização dos seus direitos trabalhistas, é preciso organizar imediatamente uma campanha vigorosa para que a atividade bancária seja um instrumento de toda a população. Organizar comitês de luta em todos os locais de trabalho para organizar uma gigantesca mobilização com o objetivo de barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos que vêm, sistematicamente, lucrando às custas da miséria dos trabalhadores e de toda a população em geral.