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Mobilizar a categoria

Impedir a venda dos Correios com manifestações e greve

Os trabalhadores terão de traçar um caminho diferente do que vem sendo feito até agora, sem apostar no parlamento controlado pela burguesia.

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Em mais uma ação que visa a privatização dos Correios, a ANATEL, através de seu Conselho Diretor alterou seu Regimento Interno. Entre para incorporar funções hoje pertinentes aos Correios. A medida faz parte do texto do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 591/2021, que já foi já aprovado pela Câmara dos Deputados e agora vai para o Senado.

A venda criminosa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), popularmente chamada de Correios, uma instituição com funções mais que centenárias e cuja história se confunde com o desenvolvimento do País, é mais um ataque fatal ao povo brasileiro.

Os correios são o maior operador logístico do Brasil, gerido quase que integralmente pelos seus trabalhadores; uma empresa superavitária que além de oferecer serviços acessíveis em todos os cantos do País também destina um lucro bilionário anualmente aos cofres públicos.

Não por acaso os golpistas querem privatizar a empresa, assim como eles fazem com todas as empresas públicas que garantem a soberania nacional brasileira. Sua venda, portanto, seria um desastre para milhões de brasileiros e principalmente para o povo trabalhador.

Os trabalhadores dos Correios já tiveram canceladas mais de 50 cláusulas sociais e uma redução de 40% na folha salarial por parte do Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde o ano passado. Além disso, no último dia 22 o dissídio (9,75%) deste ano foi reposto abaixo da inflação (11%).

Para impedir a venda dos Correios os trabalhadores da estatal terão de traçar um caminho diferente do que vem sendo feito até agora. Apostar no parlamento controlado pela burguesia não trará o resultado esperado. A solução está nas ruas, e grandes manifestações seguidas de uma greve geral que mobilize toda a categoria. Essas são as únicas ferramentas disponíveis à classe trabalhadora.

Nesse sentido, a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (FENTEC) deverá mudar sua postura, radicalizando de fato e não apenas nas notas de repúdio.

O Informe emitido pelo sindicato no último dia 22 de novembro dá o tom correto das medidas a serem tomadas: “Em meio a uma sessão confusa, com tom patronal, como era de se esperar por parte do judiciário, os trabalhadores puderem entender que o único jeito de reconquistar os direitos retirados da categoria deve ser com mobilizações e greves. Aliás, o judiciário nunca deu nada de graça, tudo que os trabalhadores conquistaram foi com muita luta”.

O que se pode verificar até o momento, no entanto é que a FENTEC não tem uma política, salvo a paralisia, que em outros termos significa deixar nas mãos do governo a resolução dos problemas da categoria, restando aos sindicalistas correrem atrás com um arremedo de pressão ineficaz.

No que diz respeito à privatização da empresa, a FENTEC literalmente deixou nas mãos dos senadores da República – uma verdadeira corja de mafiosos -, o destino dos Correios apontando como única ação dos sindicalistas estarem preparados para intensificar entre o final de novembro e o inicio de dezembro a pressão sobre os políticos.

É possível e é preciso outra política. Os trabalhadores dos Correios já deram mostras de um alto poder de mobilização, mas para isso, a participação ativa da categoria é fundamental. É necessário um encontro nacional dos trabalhadores dos Correios, de forma presencial, para fazer o balanço dessa campanha e organizar os operários para a greve contra a privatização iniciando com a ocupação imediata da empresa.

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