Aconteceu, no último dia 28 de maio, a 15ª Conferência Regional da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), que reúne sindicatos das regiões do Centro-Oeste, Norte e Distrito Federal, onde foram discutidas e aprovadas as pautas de reivindicações dos trabalhadores bancários, daquelas regiões, para serem debatidas na 24ª Conferência Nacional e aos Congressos e Encontros dos bancos públicos e privados, que acontecerá entre os dias 9 e 12 de junho da cidade de São Paulo, como parte da Campanha Salarial da categoria bancária.
Os bancários têm a sua data base em setembro, mas que está sendo antecipada devido à urgência da demanda das suas reivindicações, que estão sendo esmagadas pelos banqueiros e seus governos. A Conferência da Fetec/cn, além de aprovar uma pauta extensa de reivindicações, elegeu os seus delegados, que participarão da conferência nacional da categoria.
Uma das questões que chama a atenção na conferência da Fetec, foi o consenso dos delegados em relação ao posicionamento no próximo processo eleitoral que se avizinha:
“Foi consenso nos debates que, tão ou mais importante que a campanha salarial, será crucial este ano para os bancários e para os trabalhadores a eleição presidencial de outubro. Houve unanimidade de que é preciso derrotar Bolsonaro, que está destruindo o país e os direitos da classe trabalhadora. A Conferência aprovou moção de apoio à pré-candidatura Lula” (site Fetec-CUT/CN 29/05/2022).
Para o presidente da entidade, Cleiton dos Santos Silva, “tudo o que discutimos aqui hoje para defender a categoria, o Brasil e a democracia, só tem sentido se tirarmos Bolsonaro e bancarmos a vitória do presidente Lula e elegermos candidaturas progressistas para o Congresso” (idem).
O posicionamento dos bancários na 15ª Conferência da Fetec mostra que a candidatura de Lula aparece para um setor importante da classe trabalhadora brasileira como uma expressão dos seus interesses e aspirações. Abre enormes possibilidades para o ativismo classista lutar, no interior do movimento dos trabalhadores, por um governo próprio dos explorados, um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, sem patrões e sem golpistas, que imponha os interesses da imensa maioria do povo contra os banqueiros e capitalistas abutres.
Mais do que nunca, em meio à falência visível do capitalismo, que não consegue sequer garantir a existência de seus escravos, os explorados precisam de um governo que garanta direitos democráticos do povo. Nesse sentido, a candidatura de Lula é a única que efetivamente poderá derrotar o golpe e de ser o instrumento para agrupar os trabalhadores, a juventude e os explorados, na luta contra a direita e a extrema direita.