A política da direita golpista para as estatais não é novidade para ninguém. Estão a todo o custo sucateado essas empresas para logo em seguida entregar, a preço de banana, para os capitalistas nacionais e internacionais.
É o que vem acontecendo com o patrimônio do povo brasileiro tais como os Correios, Petrobras, os bancos públicos, Eletrobrás, Dataprev, etc.
Essa política não é diferente com a Embraer, uma empresa que já foi uma das maiores estatais brasileiras, com uma produção comparável às maiores empresas do mundo em aviação, produzindo aviões comerciais, militar e aviões de pequeno porte, de qualidade internacional inegável.
A meta do governos golpista, e da direção da empresa, através dos sucessivos Planos de Demissões “Voluntária” (PDV), tem o claro objetivo de realizar uma operação de desmonte na empresa, uma das maiores do mundo, visando enxugar os gastos e as despesas por meio do corte de milhares de trabalhadores com o objetivo de pavimentar o caminho da sua privatização, conforme já declarou diversas vezes o tresloucado Ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem que privatizar tudo.
A ideia dos golpistas é entregar a Embraer para os monopólios estrangeiros, de forma semelhante ao que foi feito na famigerada era FHC quando este deu de presente praticamente todas as empresas estatais, como o caso da Vale do Rio Doce que foi doada para os capitalistas internacionais por 0,01% do seu valor.
A Embraer corre um sério risco de privatização. O governo ilegítimo Bolsonaro é um capacho do governo norte-americano e dos países imperialistas, que querem a qualquer custo expropriar, ainda mais, os trabalhadores e tudo da população com um objetivo claro de aumentar os seus lucros.
Para barrar a ofensiva reacionária da direita fascista, contra os trabalhadores e da entrega do patrimônio do povo, é necessário romper com a paralisia e a capitulação das direções das entidades representativa dos trabalhadores. É obrigação do sindicato de mobilizar os trabalhadores da Embraer contra a política bolsonarista de fazer com que os trabalhadores paguem pela crise.
Diante desse brutal ataque a direção do Sindicato em São José dos Campos, hoje dirigida pelo PSTU/Conlutas, não organizou qualquer luta real contra a privatização, ao contrário, diante aos ataques do governo em plena pandemia do coronavírus, se calou quando implantaram MP 936/2020, que rebaixa os salários dos funcionários e suspende o contrato de trabalho.
É necessário a reação dos trabalhadores para evitar uma nova capitulação da burocracia sindical. Exigir que o sindicato organize imediatamente a mobilização e que se utilize todos os meios necessários, desde a greve como, também a ocupação das suas instalações.