Na eleição para a renovação da diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília, que acontecerá em meados do mês de maio próximo, um fato que chama a atenção: a crise da política da “oposição” bancária. A crise se refletiu no atual processo de inscrição de chapas para concorrer ao próximo pleito, quando não conseguiram sequer agrupar o número mínimo de candidatos (34), conforme estabelece o estatuto da entidade, em uma categoria com mais de 30 mil bancários e com cerca de 50% de sindicalizados.
A crise dessa “oposição” se confunde com a crise do próprio governo direitista, cujo chegada ao governo, setores da chapa defenderam quando apoiaram o “fora Dilma”, apoiando o golpe de Estado, em 2016.
Com o avanço do golpe, essa dita “oposição” se transformou em um apêndice da direita na categoria bancária. Na eleição anterior, além de ter o apoio dos banqueiros através dos seus representantes nas dependências e agências bancárias, realizou uma campanha em que reproduziu as mesmas palavras dos golpistas nos bancários, alardeavam que a diretoria do sindicato era “governista”. Além de apoiarem a palavra-de-ordem da direita “Fora Dilma”, apoiaram a criminalização do PT, apoiando – de fato – o agente do imperialismo norte–americano, Sérgio Moro, inclusive na sua perseguição política que tem como objetivo entregar um dos maiores patrimônios do povo brasileiro para o capital internacional, a Petrobras e o pré-sal, na Operação Lava Jato.
Essa mesma “oposição” acionou a justiça, que é um dos principais pilares do golpe de Estado e quer invadir e liquidar com as organizações dos trabalhadores, e pediram a intervenção dessa mesma justiça golpista no Sindicato dos Bancários de Brasília pedindo a anulação da eleição que ocorreram para o sindicato para o triênio 2016/2019.
O papel de “X-9” de setores da chapa chegou a tal ponto que sua “representante” na diretoria do Banco do Brasil, chegou a defender que o judiciário golpista agisse contra o Sindicato dos Bancários de São Paulo, sob a “acusação” – sem provas – de que teria cedido gratuitamente as dependências da Quadra dos Bancários para um ato em favor da liberdade de Lula. Sem falar no fato de que também defendem a prisão ilegal de Lula e outros absurdos ditatoriais apoiados pela direita golpista.
A crise da “Oposição” Bancária, que se reflete numa questão elementar de formação de chapa, quando não conseguem apresentar nem 34 nomes para compor a mesma, é a consequência da política direitista travestida de esquerdista de se juntarem com a direita na categoria bancária contra as organizações dos trabalhadores e, logicamente, contra os trabalhadores.
A tarefa do ativismo classista é buscar a unidade na luta da categoria contra o governo golpista, ao mesmo tempo em que busca fortalecer a construção de um movimento combativo de oposição, revolucionário, que se organize em todo o País para superar os limites da politica traidora desses falsos esquerdistas e a de conciliação com os banqueiros de setores da burocracia sindical.