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Eleição Previ

Eleição para diretorias do maior fundo de pensão das estatais

Por um fundo de pensão controlado única e exclusivamente pelos trabalhadores

Começa no dia 18, e vai até o dia 29 de abril, a eleição para renovação do Conselho Deliberativo; Conselho Fiscal; Diretoria Executiva: Diretor de Administração e Diretor de Planejamento; Conselho Consultivo do Plano 1 e do Conselho Consultivo do Previ Futuro.

Para a Corrente Nacional Sindical Causa Operária Bancários em Luta, nesse processo da eleição, é necessário esclarecer a categoria que há um gigantesco interesse, por parte dos banqueiros nacionais e internacionais e o seu governo de plantão, em colocar as mãos nos fundos de pensão das estatais brasileiras, que constituem um patrimônio em torno de R$ 1,2 trilhão, e são alvos da cobiça dos especuladores financeiros.

Quatro chapas concorrem à eleição, sendo as chapas 1 e 4 apoiadas, diretamente, pela direção do Banco do Brasil.

A chapa 1, e a categoria não pode deixar de ser enganar, se utiliza da conversa fiada de ser uma chapa “apartidária”. Sendo que essa mesma chapa está sendo apoiada pela ANABB, hoje presidida pelo ex-deputado Augusto de Carvalho, filiado ao Solidariedade (partido da golpista Força Sindical, Paulinho da Força). Além de votar a favor do golpe de Estado em 2016, no processo farsa de impeachment de Dilma Rousseff, votou, também, a favor do famigerado PEC do Teto dos Gastos Públicos, um ataque sem precedentes não só aos servidores públicos, mas a toda a população.

Uma outra questão que deve chamar a atenção dos trabalhadores do BB, é a proposta que atribui à chapa 1 a presteza “pela competência técnica dos dirigentes eleitos”. A chapa 1 tem como candidata à Diretoria de Planejamento Cecília Garcez, uma notória colaboradora do direitista Augusto de Carvalho.

Garcez defende, num dos pontos principais de seu programa, a introdução de mudanças na escolha dos dirigentes onde o sistema permitisse que a experiência como dirigente sindical contasse tanto quanto a de ter sido executivo em uma empresa. De fato, o que está por trás de tal proposta, é mudar o modelo de gestão da Previ e acabar com diretorias, terceirizar a gestão dos investimentos e transferir várias atribuições de diretores eleitos pelos funcionários para os diretores indicados pela direção do Banco do Brasil. Com isso, reduzindo o poder dos associados para aumentar a do banco. No final, é uma clara política de entrega completa do controle do fundo construído pelos trabalhadores para os banqueiros.

É importante salientar que essa questão está por trás dos projetos da direita, no Congresso Nacional, de rapina dos fundos de pensão das estatais no relatório da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ), que estabelece, em cima da Lei Complementar nº 108 de 2001 (regula as entidades públicas de previdência complementar), favorável a eliminar a influência político-partidária na indicação de dirigentes e conselheiros de fundos de pensão públicos.

Na prática, o relatório tem o objetivo fazer com que os fundos de pensão sejam regidos pela legislação das Sociedades Anônimas. Logo, serão os capitalistas acionistas das estatais que definirão quem serão os diretores das entidades dos trabalhadores.

É claro que a direita golpista, através das suas instituições – imprensa, judiciário, Polícia Federal, Congresso Nacional etc. – procuram imputar o mau gerenciamento dos fundos aos governos do PT e à CUT. Sendo que, segundo o Fórum Independente em Defesa dos Fundos de Pensão, a elevada participação dos fundos das empresas estatais em investimentos de alto risco foi estabelecida no governo de FHC (PSDB), onde houve uma intensificação do uso dos recursos dos fundos em investimentos de sustentação dos negócios capitalistas em crise, e das negociatas, como no caso das privatizações de empresas estatais.

Sempre é bom salientar a importância em eleger para as diretorias dos fundos de pensão das estatais representantes que, verdadeiramente, estão ligados às lutas dos trabalhadores, independentes da direção do Banco do Brasil.

Lembrando que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, está preparando uma Medida Provisória (MP) para o setor de fundos de pensão do País, com o objetivo de criar uma superagência para regular as atividades do setor, tanto de fundos privados, quanto estatais. A medida tem como finalidade colocar nas mãos dos banqueiros e dos especuladores do mercado financeiro os gigantescos recursos dos fundos de pensão das empresas estatais do País e administrar os recursos capitalizados que hoje estão na Previdência Social, que será o próximo passo após a aprovação da reforma da previdência no Congresso Nacional.

Vale lembrar, ainda, que o próprio Paulo Guedes é um dos maiores agentes especuladores do mercado financeiro nacional. Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), empresas de Guedes, como a BR Educacional Gestora de Recursos S/A e FIP Brasil de Governança Participativa, teriam gerado perdas milionárias na administração de mais de 1 bilhão de reais e cobrado taxas abusivas para administração dos fundos, mesmo ante as perdas ocorridas.

Nesse sentido, Bancários em Luta, da Corrente Sindical Nacional Causa Operária, defendem que os trabalhadores bancários não podem ficar assistindo a destruição do seu patrimônio. É preciso reagir, não somente no atual processo eleitoral, quando os bancários devem eleger aqueles que podem efetivamente representar os seus interesses na composição das diretorias da Previ. Acima de qualquer coisa, é preciso reagir nas ruas, nas campanhas salariais, através da unidade com os demais trabalhadores das estatais, contra a política da direita reacionária que está querendo aprofundar o assalto aos recursos dos trabalhadores.

Por isso, Bancários em Luta chama os trabalhadores do BB a votar na Chapa 3, em defesa dos fundos de pensão controlados, única e exclusivamente, pelos seus verdadeiros donos: os trabalhadores. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Lula Presidente!

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