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Ataques a direitos

Direitista Rui Costa quer cortar salário de servidor não vacinado

Governador da Bahia ameaça servidores que não querem se vacinar

Nessa quarta-feira, 10, o Governador da Bahia, Rui Costa (PT), membro da ala mais direitista do Partido dos Trabalhadores, avisou que os servidores estaduais (contratados ou efetivos) não vacinados por opção terão seus salários cortados. O decreto ditatorial anunciado por ele deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado nesta semana.

“A procuradoria vai tratar à luz da legislação o que será feito do servidor, inclusive de suspensão de salário, se ele não tá indo trabalhar, ele não vai receber salário”, afirmou Rui Costa, que já havia dito no início do mês de novembro que os servidores só poderiam ir ao trabalho se tivessem tomado as duas doses da vacina contra o Covid-19.

Rui Costa justificou sua medida autoritária citando outros exemplos igualmente aberrantes adotados pelo mundo.

“100% dos países do mundo estão fazendo, todos independentes do regime de cada país, se é parlamentar, presidencialista, monárquico, todos estão adotando essa medida para tentar se livrar do vírus”, disse o governador.

Muitos dirigentes estão adotando essas medidas para massacrar mais ainda os trabalhadores. Para Rui Costa, “Viver em sociedade é assim, é exercer seu direito sem prejudicar o do outro”.

Mas essas medidas que exigem a vacinação forçada vai de encontro ao direito individual da pessoa se vacinar ou não. A falsa ideia segundo a qual  o direito individual nesse caso prejudicaria o direito coletivo é mais um motivo para manipular e massacrar o direito de cada cidadão tomar ou não uma vacina. Se todos têm a oportunidade de tomá-la não há como o direito coletivo estar sendo prejudicado. Se cada um tiver esse direito individual assegurado, ninguém será prejudicado. Mas os dirigentes direitistas espalhados pelo mundo, todos a serviço e a reboque da direita imperialista – como é o caso do governador Rui Costa-, querem controlar e massacrar a classe trabalhadora de várias formas, inclusive com esse falso discurso de preservação do direito coletivo.

O governador Rui Costa já vem intensificando seguidos ataques aos servidores públicos e na população em geral. Articulou de forma arbitrária uma reforma da Previdência estadual que nem Bolsonaro teria coragem de aprovar. Apoia os ataques e violência da PM; vem privatizando serviços públicos, prejudicado professores estaduais e universitários e se alia aos especuladores imobiliários do estado, além de ser um oportunista apoiador da direitista e bolsonarista frente ampla.

A vacinação é um direito do trabalhador

A vacinação é um direito de todos os trabalhadores, que devem ser estimulados a tomar a vacina, e não forçados. Qualquer governador ou político que se diz de esquerda deveria saber e honrar essa política progressista de apoiar os direitos individuais dos trabalhadores.

Quem ganha com essa confusão mais uma vez é o governo Bolsonaro, que age com demagogia, aparecendo como sendo ele o defensor dos trabalhadores, passando a falsa ideia de que ele respeita os direitos individuais, coisa que é mentira. Bolsonaro é contra os trabalhadores, mas a posição autoritária do Governador Rui Costa ajuda o governo Bolsonaro ao invés de desmascará-lo. Assim como Bolsonaro, motorista do carro-chefe do genocídio no País, os governadores não cumpriram com o seu dever de salvar a população do ataque do vírus, e agora querem se passar de defensores da coletividade, quando na verdade ficaram esses dois anos “passando a boiada”, atacando o povo.

Ser a favor dessa exigência de vacinação para se manter no trabalho é autorizar mais ainda os empresários a aumentar a fileira de desempregados. O resultado disso será o fortalecimento de Bolsonaro, que roubará uma pauta da esquerda, que é a defesa da classe trabalhadora e da manutenção dos empregos.  

Enfim, depois de não ter agido de forma significativa para conter o avanço do Covid na Bahia, com esse decreto que ataca o direto sagrado dos trabalhadores- salário e emprego-, o Governador da Bahia fortalece os patrões, que continuarão perseguindo a classe trabalhadora.

É preciso denunciar essa arbitrariedade do passaporte vacinal nos ambientes de trabalho. A vacina deve ser um direito da população, que deve ser estimulada e informada sobre a importância de se vacinar, inclusive sendo imunizada nas fábricas e na própria residência, mas não no sentido ditatorial, forçado, o que no final das contas torna-se mais uma ferramenta de opressão e exclusão do povo.

Na Revolta da Vacina em 1904, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, o povo bravamente resistiu e escorraçou o governo que queria impor a vacinação como pretexto para uma política de higienização social. Como em 1904, o povo deve defender seus direitos e não aceitar imposição nenhuma.

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